"Não tem fantasminha". Tite tenta naturalizar 7 a 1 e fala em autoestima
Tite evitou falar em fantasmas do 7 a 1 após o jogo contra a Alemanha, nesta terça-feira (27). O treinador, no entanto, admitiu que a vitória por 1 a 0 em Berlim foi importante no lado emocional, especialmente após anos de desgaste pelo resultado da Copa de 2014.
“Foi importante. O resgate. Sentimento de resgate de autoestima. Ele [jogo] tem esse componente, ele tem esse componente. Um pouquinho de resgatar a autoestima”, pontuou o treinador.
“Não tem fantasminha. Sentia de vocês até uma inibição para falar do resultado anterior, para não ferir. É da vida, passou, vai ficar marcado. Não é porque vencemos que vai deixar de ser falado. Eles tiveram méritos, assim como nós tivemos méritos hoje na nossa vitória”, completou Tite, tentando dar um ar natural ao confronto com os alemães.
Ainda sobre ganhos psicológicos com o jogo, Tite ressaltou que jogar sem o principal jogador e vencer foi importante. "O nosso top três do mundo fora, e a equipe sente a falta do Neymar. Mas aprende também a jogar e ser forte sem ele. Isso gera essa força de equipe", comentou o treinador.
Presente à entrevista, o auxiliar Sylvinho deixou no ar a necessidade de evoluir no ataque. "Precisamos melhorar bastante. Estamos no caminho, a parte defensiva muito melhor, o time é muito organizado. A pressão [na bola rival] saiu e vimos que temos condição de fazer, com as compensações no setor de meio-campo que dão consistência ao time. Ao contrário do que a gente pensa, esse jogo de qualidade altíssima cansa muito. A substituição do Coutinho foi por conta disso, chegamos a um consenso", disse sobre o único substituído em 90 minutos.
Veja mais respostas de Tite:
Monitoramento de atletas segue
Vamos continuar monitorando. Vim aqui [há algum tempo] assistir, com Edu, a Bayern e Hertha, que até empatou no fim do jogo. Eu queria acompanhar o Rafinha, mas o Kimmich jogou os dois jogos. Fazemos o acompanhamento de todos os jogadores possíveis. É desafiador. Todos têm o sonho de defender a seleção. Eu tento ser justo em relação a eles e isso nos absorve muito e existem critérios de análise para uma situação específica que a gente precise.
Paulinho marcou Kroos de perto e isso foi uma chave do jogo
Tiramos muita saída de bola do Kroos. Muita. A bola que entrou dele é uma bola de retorno, uma terceira bola. É assim: não tem saída de bola com ele, o jogador da frente devolve [a bola] mais atrás. Se pegar as iniciações [de jogo da Alemanha], tiramos muitas bolas dele. Dissemos na beira do campo 'tira o Kroos e deixa o zagueiro’ jogar. O passe vertical dele tem mais qualidade. O passe lateral dele é o que a gente quer. Isso porque ele tem muita qualidade, é visionário.
Tite pilhado
Estou tão pilhado, com tanta adrenalina que só parece que estou tranquilo. Talvez seja pelo tempo de atividade. Enquanto eu passava instrução, o árbitro apitou o final e eu digo 'o que apitou?'. Depois do jogo, farei uma observação mais ponderada, pegar às vezes os dados e aí a gente consegue articular e encontrar uma melhor escolha. Essa interpretação de números, finalização clara, a bola que é limpa.
Fernandinho como titular
Ele dá uma consistência, um bom passe e uma finalização de média distância. Ele libera o Paulinho para as infiltrações.
A organização para enfrentar os alemães
O jogo permite observações. Ele traz por exemplo, em alguns momentos...a gente pensa de alguma forma e estabelece duas estratégias. Tinha o momento em que a Alemanha em outros jogos tinha dois pontas por dentro e compondo com cinco no meio. Sané veio bem aberto, e isso pede ajustes táticos para que a equipe se molde e tenha um bom desempenho. O primeiro tempo foi mais equilibrado. Até 25 minutos, estivemos próximos do segundo gol. E aí teria uma vantagem larga para definir. Naturalmente, a equipe que está atrás tem mais posse de bola e teve bolas paradas importantes. As chances mais claras para ampliar o placar, nós tivemos.
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