Götze e Schürrle decidiram Copa com dobradinha. Hoje, podem nem ir à Rússia

Um passe de Schürrle pela esquerda e uma finalização de Mario Götze fizeram a Alemanha campeã mundial. Quase quatro anos depois, no reencontro que antecede a convocação dos dois países para a Copa, fica claro um conceito de trabalho que Joachim Löw quase sempre coloca em prática. A fila anda rápido na seleção germânica, que já não tem os heróis do gol decisivo como opções e passou por outro processo de renovação.
No amistoso desta terça-feira (27) entre Alemanha e Brasil no Estádio Olímpico, em Berlin, o treinador alemão colocará em campo uma equipe que passa longe de ser inteiramente reserva. Nesse momento, a discussão no país no percurso para a Copa do Mundo é até que ponto vale manter alguns campeões envelhecidos ou abrir espaço para alguns desses novatos que enfrentam o Brasil.
O torneio que inspira essa discussão na Alemanha também aconteceu na Rússia. No ano passado, uma equipe mais jovem foi levada por Löw à Copa das Confederações e venceu quatro jogos, empatou só um e foi campeã. Dali, se consolidaram nomes como o goleiro Ter Stegen, o lateral Kimmich, os zagueiros Rüdiger e Ginter, os meio-campistas Rudy e Goretzka e os atacantes Werner e Stindl. Exceto pelo arqueiro, todos concorrem a um posto no amistoso dessa terça.
Esse conceito da renovação constante também abrange mais dois destaques que Löw colocará em campo contra o Brasil. O meio-campista Gündogan e o atacante Sané, dirigidos por Pep Guardiola no Manchester City, perderam a Copa das Confederações por lesão, mas têm tudo para serem novidades de 2014 para 2018.
Em 2010, Alemanha se renovou de modo parecido
Em seu primeiro Mundial, Löw também promoveu uma pequena revolução no elenco um ano antes da viagem para a África do Sul. Campeã europeia sub-21, a Alemanha mais jovem forneceu talentos como Neuer, Boateng, Höwedes, Hummels, Khedira e Özil, que teriam destaque em seu Mundial de estreia e se transformariam em pilares do time campeão em 2014. Foi uma transformação grande de nomes em relação ao time vice-campeão da Euro 2008.
Hoje, com 12 anos no cargo, Löw acredita que na medida em que o tempo avança novas gerações mostram mais qualidade. “Tivemos [no passado] nossa parte mental forte, mas tivemos que desenvolver o nosso futebol, porque o futebol se movimentou para outro lado e tivemos de nos adaptar. Agora, a Alemanha também pode falar que tem criatividade, filosofia e parte ofensiva”, citou.
Enquanto isso, quem não conseguiu se manter no grupo perde espaço. Schürrle tentou a sorte em outra liga, mas não brilhou pelo Chelsea e sofre para recuperar destaque no futebol alemão. Pelo Borussia Dortmund, reencontrou justamente Götze, que teve passagem frustrada pelo Bayern, problemas metabólicos e psicológicos e saiu do radar de Löw.
No mês passado, diante do Hamburgo, o que parecia um registro guardado no tempo se repetiu após quatro anos: Schürrle arrancou pela esquerda e colocou um passe em profundidade para Götze marcar um gol novamente. Quase quatro anos desde a combinação que valeu o título mundial já representam muito pouco. A fila andou para eles e outros campeões.
FICHA TÉCNICA
ALEMANHA x BRASIL
Data: 27 de março de 2018, terça-feira
Horário: 15h45 (de Brasília) e 20h45 (de Berlim)
Competição: Amistoso
Local: Estádio Olímpico, em Berlim (Alemanha)
Árbitro: Jonas Eriksson (Suécia)
Assistentes: Mathias Klasenius e Daniel Wärnmark (Suécia)
ALEMANHA: Leno; Rüdiger, Boateng e Ginter; Kimmich, Rudy, Gündogan e Plattenhardt; Goretzka e Sané; Werner. Treinador: Joachim Low.
BRASIL: Alisson; Dani Alves, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Willian, Paulinho, Fernandinho e Coutinho; Gabriel Jesus. Treinador: Tite.
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