Sampaoli: "Messi tem apontado na cabeça um revólver chamado Copa do Mundo"

A revista argentina "Viva", do jornal "Clarín", antecipou neste domingo (25) trechos de um livro que o técnico da seleção local, Jorge Sampaoli, lançará em abril. E o que se pode perceber é que não faltarão elogios a Lionel Messi ao longo das páginas de "Mis Latidos, ideas sobre la cultura del juego".

Em determinada parte divulgada, Sampaoli classifica Messi como "o melhor jogador da história". Em outra, diz que ele se mantém "como o melhor do mundo há dez anos". Para o treinador, comandar o camisa 10 argentino é "uma responsabilidade, mas definitivamente é também um desfrute".

No livro, Sampaoli escreve também que "é difícil assumir a posição de comandante quando seu comandado sabe que é melhor que você, que joga como ninguém". Diz ainda que a razão para Messi estar há tanto tempo no topo "é o amor à bola acima de qualquer coisa". "Esse sentimento pelo jogo o torna diferente. Leo segue priorizando o futebol ao passar do tempo. É inigualável", acrescenta o técnico.

Sampaoli também relembra a dificuldade que era enfrentar Messi nos tempos de Sevilla e seleção chilena. Ele repete que "o futebol deve uma Copa do Mundo" ao astro, e que a pressão pela conquista é negativa. "Colocam na cabeça dele um revólver chamado Copa do Mundo, e se ele não ganha a arma dispara e o mata. É uma loucura que não possam desfrutar do seu talento".

A pressão do Mundial, aliás, afeta também o treinador, como ele próprio explica em outro trecho do livro. "Se eu não classificasse a Argentina, como voltaria para casa?", questionou, lembrando que a vaga só veio na última rodada das Eliminatórias, graças a um show de Messi no Equador. "É duro. É muita responsabilidade. E eu sinto. Vejo na minha família. É muito forte".

Por outro lado, Sampaoli pontua que realiza "um sonho" cada vez que veste o casaco da seleção. "Vivo um momento em que a única coisa que espero é estar à altura da expectativa e fazer a torcida ter alegrias", conclui.