Irã tem trunfos para atrair torcida na Copa e 2 obstáculos: CR7 e Espanha
A seleção iraniana não tem nenhum grande astro mundial, nunca chegou perto de uma final de Copa do Mundo nem tem uma tradição cativante no futebol. Mesmo assim, há uma esperança na equipe de que parte da torcida russa a apoie no próximo Mundial. O motivo: deve ser a seleção com mais titulares que atuam no futebol russo.
Os três iranianos que jogam na Rússia são titulares da seleção comandada pelo português Carlos Queiroz: Sardar Azmoun, Saeid Ezatolahi e Milad Mohammadi.
“Atualmente, 60% da nossa equipe base joga na Europa. Em 2011, era só um jogador. É muito importante para nós termos jogadores na liga russa. Isso será importante para que a gente construa uma boa relação com os russos e tenha mais afinidade, além de aumentar o conhecimento deles sobre nós”, opinou Queiroz em entrevista à Fifa.
Azmoun é atacante e joga no Rubin Kazan, da elite russa. Ele está no futebol do país desde 2013, tendo defendido também o Rostov. Já Ezatolahi é do Amkar Perm, tem passagem pela base do Atlético de Madri e se tornou o mais jovem a fazer gol pela seleção iraniana quando tinha 19 anos.
Por fim, Mohammadi joga no Akhmat Grozny como lateral ou ponta e conquistou Queiroz por sua velocidade. Atualmente com 24 anos, está no futebol russo desde os 21 e é conhecido entre os torcedores de seu time pelas assistências aos atacantes.
Mas o plano iraniano de atrair a simpatia russa tem dois obstáculos importantes: Cristiano Ronaldo e a seleção espanhola. O Irã faz parte do grupo B, que conta com espanhóis, Portugal e Marrocos.
Na estreia diante dos africanos, Queiroz e seus comandados terão mais chances de contar com o apoio do público. Na rodada seguinte, porém, o adversário será a Espanha. E tudo ficará mais difícil quando os iranianos enfrentarem Cristiano Ronaldo na última partida da fase de grupos. O português já foi inclusive comandado por Carlos Queiroz.
Por outro lado, é desse grupo que sairá o adversário da Rússia nas oitavas de final caso os anfitriões avancem em sua chave. Assim, talvez uma parcela da torcida prefira um rival mais fraco em vez de uma seleção com Cristiano Ronaldo ou com estrelas espanholas.
“Queremos chegar na segunda fase, mas sabemos que nossa missão é muito difícil. Vamos nos preparar muito bem para isso. Queremos mostrar nosso progresso como seleção”, completou Queiroz, que já comandou o Irã na última Copa, no Brasil.
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