Sogro e genro classificaram uma seleção à Copa e dirigirão outra na Rússia
Nem todos os sogros e genros se dão bem, mas no caso da família Van Marwijk a relação não poderia ser melhor. O treinador holandês Bert van Marwijk não só aprovou o casamento da filha Andra, como hoje tem em seu genro, o ex-jogador Mark van Bommel, um homem de confiança em casa e no trabalho. Não à toa, o chamou para ser seu braço direito na próxima Copa do Mundo, quando dirigirá a Austrália.
“A federação australiana já sabia que eu o chamaria, mas se não soubesse eu teria colocado isso como uma condição para nosso acordo. Quero Mark comigo. Isso é muito importante para mim”, avisou o treinador ao jornal holandês “NRC”.
Van Marwijk e Van Bommel já atuaram juntos por dois anos na comissão técnica da Arábia Saudita. E fizeram um ótimo trabalho. Com o genro como auxiliar, Van Marwijk classificou o país árabe para a Copa do Mundo na Rússia sem passar por nenhuma repescagem, acabando com uma espera de 12 anos.
Nas eliminatórias asiáticas, por coincidência, a Arábia Saudita terminou em segundo lugar no seu grupo, à frente justamente da Austrália, que precisou disputar a repescagem asiática e depois enfrentar Honduras.
Van Marwijk, no entanto, não chegou a um acordo com os sauditas e deixou a seleção acusando os dirigentes de interferência no trabalho. Estava fora da Copa até que recebeu o convite da Austrália no início deste ano. E logo incluiu seu genro, que também foi seu jogador na seleção holandesa, no novo projeto.
Além de confiar em Van Bommel, o treinador holandês aposta que o genro será um elo importante entre comissão técnica e elenco por ter a idade perfeita para isso, 40 anos. “Ele é mais velho, mas não tão mais velho a ponto de nenhum jogador o reconhecer”, opinou Van Marwijk, vice-campeão mundial à frente da Holanda em 2010.
Sogro e genro terão uma passagem curta pela seleção australiana. O contrato do treinador vale apenas até o fim da Copa do Mundo. Depois disso, a federação já acenou que optará por um técnico australiano. Certo é que uma família holandesa torcerá muito pela Austrália na próxima Copa. E tem dois bons motivos para isso.
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