Veja 7 mudanças radicais que o Brasil tem para pegar Alemanha desde o 7 a 1

O Brasil volta a jogar contra a Alemanha pela primeira vez depois do vexatório 7 a 1 na semifinal da Copa do Mundo de 2014. O reencontro está marcado para 15h45 (de Brasília) nesta terça-feira, em Berlim, e marca o duelo de duas seleções favoritas para a disputa da competição da Rússia. E para chegar assim, o Brasil precisou mudar bastante.
Foram trocas na comissão técnica, no estilo de treino, na dependência de Neymar e em vários outros quesitos que fizeram a seleção verde e amarelo voltar a respirar e chegar ao Mundial com chances reais de levantar a taça.
Confira 7 pontos que mudaram no Brasil após 7 a 1:
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Confiança na comissão técnica
Depois de ganhar a Copa das Confederações em 2013, o grupo da seleção brasileira acreditou que a força da família Scolari seria o suficiente para levar o título da Copa no ano seguinte. Nem é preciso falar que ficou bem longe de ser o bastante. A chegada de Dunga não mudou muito o cenário. Isso só foi sofrer uma revolução de verdade com a chegada de Tite. Os jogadores confiaram no projeto apresentado pelo seu treinador e por sua comissão e "compraram o projeto" como gostam de afirmar os atletas.
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Chega de Neymardependência
Sem Neymar no vexame do 7 a 1, Felipão não sabia em quem apostar. O melhor jogador do país voltou, e Dunga apostou todas as fichas nele, mas de uma forma diferente: a tática era jogar a bola no camisa 10 e esperar ele resolver o jogo. Com Tite, o esquema tático distribuiu responsabilidades e tirou todo o peso concentrado no atleta do PSG. Não à toa, ele não vai jogar contra a Alemanha e tem sido bem menos assunto do que o costume.
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O apoio popular
Depois do 7 a 1, Felipão passou a ser ridicularizado por boa parte da torcida. Se antes era símbolo do penta, o treinador virou meme ao sentar-se no banco de reservas sem saber o que fazer para evitar uma derrota histórica para a Alemanha. Em seguida, com Dunga, a torcida seguia impaciente e com um caminhão de críticas. O astral foi trocado completamente com a chegada de Tite, que virou sinônimo de "homão da porra" e até sugestão de candidato a presidente do país nas redes sociais.
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O respeito voltou
Por anos, o Brasil era visto no mundo inteiro como a seleção do 7 a 1. Até mesmo o Peru conseguiu eliminar o país do futebol na Copa América, realizada nos EUA. O fato será lembrado pelo resto da vida dos peruanos e virou símbolo da fragilidade de uma seleção que chegou a ser cotada para ficar fora da Copa. Em meses, Tite assumiu e mudou a equipe "da água para o vinho". A seleção não só garantiu a vaga na Rússia, como conseguiu carimbar seu passaporte rodadas antes do término das Eliminatórias.
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Relação com a imprensa
Felipão nunca teve grandes problemas na imprensa enquanto treinador da seleção, mas adotava o discurso de que todos, inclusive jornalistas, precisavam estar ao seu lado para apoiar a seleção. A troca por Dunga manteve a filosofia, mas sem tanta simpatia quanto tinha Scolari. Pelo contrário, o capitão do Tetra já xingou diversos adversários enquanto esteve na mesa de coletivas respondendo perguntas, repetindo o gesto que teve ao levantar a taça em 1994. Com Tite, a conversa é bastante tranquila. O treinador tem o apoio não só do povo, mas de boa parte das rádios, TVs, sites e demais veículos de comunicação.
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O brasileiro sabe rir de si mesmo
No começo, o sentimento era o de raiva, mas o tempo passou e o brasileiro soube canalizar toda a decepção para a piada. Como sempre diz o ditado popular, ninguém sabe rir de si mesmo como o brasileiro. O 7 a 1 deixou o campo esportivo para virar um verdadeiro marco histórico-cultural no país. É comum ver pessoas que não dão a mínima para o futebol usar expressões como "é todo dia um 7 a 1 diferente" e até mesmo partes da narração de Galvão Bueno na TV Globo, como "virou passeio" e "aí vem eles de novo" para representar situações cotidianas no país.
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