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Rebelo disse que não pode garantir alterações nos itens polêmicos para o Mundial

Rebelo disse que não pode garantir alterações nos itens polêmicos para o Mundial

10/12/2011 - 14h15

Ministro do Esporte diz "não ter segurança" sobre mudanças feitas pela Câmara na Lei da Copa

Vinícius Segalla
Em São Paulo

O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, afirmou neste sábado que não "tem segurança" em relação às alterações por que está passando o projeto de Lei Geral da Copa na Câmara dos Deputados. O texto do deputado Vicente Candido (PT-SP), relator da comissão especial que analisa o projeto, irá a votação na semana que vem na Câmara.

Dentre as alterações do parlamentar ao projeto, de autoria do Poder Executivo, está a permissão de venda de bebidas alcoólicas nos estádios, o estabelecimento de uma cota de ingressos com preço reduzido, para atender a todos os tipos de desconto praticados no Brasil, para idosos, estudantes e beneficiários de programas de distribuição de renda, e a possibilidade de se fazer uso de aeroportos militares para vôos civis em caso de necessidade durante a Copa.

Rebelo é o segundo ministro que se mostra reticente ou crítico às alterações ao projeto propostas pela Câmara. Na última quarta-feira, o ministro Alexandre Padilha, da Saúde, disse ser contrário à permissão de venda de bebidas alcoólicas. Neste sábado, o ministro do Esporte disse não poder afirmar que a presidente Dilma Rousseff sancionaria sem vetos a Lei Geral da Copa do jeito que está hoje. "Não tenho segurança de que o texto atual é o melhor possível. Tenho conversado com ministros, deputados, e há opiniões divergentes. A Câmara tenta contemplar todos os setores, é difícil", afirmou Rebelo.

O texto do relator Vicente Candido será votado na comissão especial que o analisa na próxima terça-feira e, ainda na semana que vem, será votado no plenário da Câmara. Para esta votação, os parlamentares da Comissão Especial sobre o Consumo de Bebidas Alcoólicas estão preparando um movimento de protesto, e levarão faixas e cartazes ao plenário da Câmara, segundo planeja o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), relator desta comissão. O manifestação já conta com a adesão mínima de 14 deputados, que, também na quarta-feira, assinaram uma moção de repúdio à venda de bebidas nos estádios.

Em relação aos ingressos promocionais, pela proposta do relator da lei, a Fifa estará obrigada a oferecer 10% dos ingressos a preços promocionais (cerca de 300 mil entradas), o chamado Grupo 4 de ingressos. O valor ainda não está definido, mas terá que ser igual ou inferior a 50% do preço do segundo ingresso mais barato da Copa (Grupo 3). De acordo com Candido, o valor das entradas especiais não será superior a R$ 50.

Para o deputado, além da questão financeira, o que era considerado um problema para a Fifa quanto aos ingressos promocionais era a operacionalização da sua venda. "Na verdade, qual o problema que a FIFA alegou? Não é nem a questão financeira, é questão de operacionalidade", disse o parlamentar.

"A FIFA está um pouco mais avançada que nós. Ela vende todos os ingressos pela internet. Nós não conseguimos vender nossos ingressos dos estaduais e Brasileiro pela internet, e quando se vende por meio digital é difícil identificar quem é idoso, baixa renda e quem é estudante. O que convencemos a FIFA foi retirar esse pacote do Grupo 4 da venda pela Internet e vender em pontos fixos aqui no Brasil a serem determinados pelo governo e a FIFA", explicou.

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