Andrés Sanchez e Frederico Barbosa, gerente de operações da Odebrecht, em visita ao Itaquerão
Andrés Sanchez tirou a terça-feira para fazer lobby para o Itaquerão na Câmara Municipal de São Paulo. No tour pela casa, onde está desde cerca de 9h, o mandatário corintiano conversou com diversos vereadores, convenceu o presidente e até distribuiu brindes.
“Esta não é uma lei nova. Ela pega como base uma lei de dez anos atrás. Os debates existem e vamos continuar com eles. Se nos empenharmos, em dez dias ela será aprovada”, disse José Police Neto, presidente da Câmara, referindo-se ao projeto de lei que prevê isenções fiscais de até R$ 420 milhões ao projeto de estádio do Corinthians.
A leitura do texto, elaborado pela Prefeitura, acontecerá no plenário da casa, às 15h. A partir daí, os vereadores começam a discussão sobre o tema para, posteriormente, votarem sobre o assunto.
Para não correr riscos, Andrés Sanchez conversou com os políticos e distribuiu brindes para seus interlocutores. O UOL Esporte flagrou um funcionário da casa exibindo broches do Corinthians para um colega.
Questionado sobre o motivo de sua ida à Câmara, Andrés foi irônico. "[Vim] conhecer a casa, nossa casa, casa da cidade. Acho muito legal conhecer a Câmara", disse o cartola à rádio Jovem Pan. Depois abusou da rispidez e disse que não iria falar mais nada.
Além do passeio "turístico", o mandatário reuniu-se a portas fechadas com a bancada do PT na Câmara e parece ter convencido a maioria de que o projeto deve ser aprovado. Os petistas, porém, devem apresentar emendas ao projeto original.
A obra não passará de R$ 700 milhões. Mais claro que isso eu não posso ser
Andrés Sanchez"Foi uma reunião bem produtiva onde esclarecemos alguns pontos do projeto. O que deixamos claro é que iremos apresentar uma emenda para a segunda votação de cunho social, pois queremos criar uma maneira de beneficiar econômica e culturalmente a população local com a construção deste equipamento", afirmou o líder do PT na Câmara, Ítalo Cardoso.
O clube briga pela aprovação da lei para poder viabilizar o orçamento do Itaquerão. O último projeto apresentado pela Odebrecht prevê gastos de R$ 1,07 bilhão, valor considerado proibitivo pelo Corinthians, embora Andrés tenha afirmado em entrevista coletiva que o preço não passará dos R$ 700 milhões.
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