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Operários voltaram a trabalhar nas obras do Mineirão na manhã desta segunda-feira

20/06/2011 - 16h34

Secretário garante que greve, encerrada nesta 2ª, não atrasará obras do Mineirão

Guyanne Araujo
Em Belo Horizonte

O secretário extraordinário da Copa do Mundo em Minas Gerais, Sérgio Barroso, garantiu que a greve parcial dos operários do Mineirão, encerrada nesta segunda-feira e que durou cinco dias, não afetará a data de entrega do estádio, em dezembro de 2012. Ele confirmou ainda a “grande expectativa” de que a capital mineira seja a sede da abertura do Mundial de 2014.

“Muito se tem falado na imprensa nacional e mundial  sobre a abertura da Copa no Mineirão. Não recebemos nenhum comunicado a respeito da FIFA, mas existe a perspectiva de sermos a sede de abertura”, observou Sérgio Barroso. “Estamos nos preparando para ter o Mineirão a tempo e estaremos prontos para receber a indicação da Fifa”, acrescentou.

Iniciada na última quarta-feira, motivada por melhorias salariais e nas condições de trabalho, a paralisação que teve adesão parcial dos 500 operários que ali trabalham foi encerrada na manhã desta segunda-feira, quando uma assembleia da categoria, decidiu pelo fim do movimento.

“A greve acabou e todos os funcionários voltaram. As obras serão entregues em dezembro de 2012. A informação que eu tenho é a de que eles (operários) estão satisfeitos”, informou.

  • Sylvio Coutinho/Divulgação/Secopa

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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção de BH e Região, Osmir Venuto, por sua vez, disse que o aumento salarial obtido não foi totalmente satisfatório, mas “aliviou um pouco”. “O ganho oferecido foi de 4%, mas, em média, passa para 10%, por causa dos outros benefícios concedidos”, observou. Segundo ele, se os trabalhadores não forem respeitados, o cronograma elaborado pela Secopa pode não ser cumprido.

Para Sérgio Barroso, as condições de trabalho estão de acordo com o Ministério do Trabalho, rebatendo as criticas de trabalhadores que reivindicavam chuveiros  quentes e reclamavam de alojamentos e alimentação. “Os trabalhadores conseguiram suas conquistas entre eles e a iniciativa privada, o que não quer dizer que as condições anteriores eram ruins”, afirmou o secretário, referindo-se às negociações diretas entre trabalhadores e o Consórcio Minas Arena, responsável pelas obras.

Movimentação política

O secretário ainda disse que considera movimentação política da oposição o fato de o relatório técnico interno do Tribunal de Contas do Estado (TCE), ter vazado e disse ainda que ainda não chegou em suas mãos por meio oficial. “Não recebemos o comunicado. È um relatório interno, mas na hora que o governo for convocado para dar esclarecimentos iremos”, afirmou.

As acusações são suspeitas que o relatório aponta irregularidades de superfaturamento, de que se tenha feito o projeto base sem processo licitatório, de que pagamentos tenham sido feitos para parte das obras não executadas, dentre outros. O secretário negou as suspeitas.

“Não existe superfaturamento das obras. Todas as obras contratadas foram executadas”, disse. Pelo projeto base, que teve como acusação de ter sido feito sem licitação, o secretário alegou que foi feito legalmente, rebatendo a criticas. “Foi feito legalmente, como manda. O contrato foi feito por escritório ser de notório saber”, acrescentou.

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