Secopa rebate divulgação do relatório que aponta irregularidades nas obras do Mineirão |
A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) rebateu, por meio de nota à imprensa, divulgada no final da tarde desta sexta-feira, o relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que levantou algumas suspeitas de irregularidades das obras do Mineirão, e concluiu se tratar de ação de opositores ao Governo de Minas.
Estádio | Cidade-Sede | R$/Expectador |
Mineirão | Belo Horizonte | R$ 10.089,08 |
Arena Pernambuco | Recife | R$ 12.747,32 |
Maracanã | Rio de Janeiro | R$ 13.157,89 |
Arena Corinthians | São Paulo | R$ 15.384,62 |
Arena Fonte Nova | Salvador | R$ 15.841,22 |
A Secopa negou que a contratação do projeto da reforma do Mineirão tenha sido feita sem processo licitatório. “O projeto básico do Mineirão foi contratado da mesma forma como foram contratados os projetos de estádios de outros estados brasileiros”, observou.
A nota informou que em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), o projeto básico do Mineirão destaca-se por ser o que apresenta o maior grau de detalhamento dentre os estádios citados. “Com 1.309 plantas referentes a mais de 30 disciplinas inerentes à obra – o que garante a transparência e a correção na condução da obra”, afirmou a nota oficial.
A Secopa ainda alegou que considerando o número de espectadores, o custo da obra do Mineirão é o mais baixo dentre os principais estádios do país, que passam por reformas
De acordo com as informações existentes nessa nota, o estádio da capital mineira custa por torcedor R$ R$ 10.089,08 enquanto Arena Pernambuco, em Recife é de R$ 12.747,32; o Maracanã, no Rio de Janeiro custa R$ 13.157,89; a Arena Corinthians,São Paulo R$ 15.384,62 e Arena Fonte Nova, em Salvador R$ 15.841,22.
Ainda de acordo com a nota oficial, a Secopa lamentou as acusações feitas e disse se tratar de manifestação de opositores. “A Secopa lamenta a irresponsabilidade de setores da oposição no trato de assuntos relativos à obra do Mineirão”, enfatiza.
“O caráter político da iniciativa fica nítido pela desrespeitosa inciativa de confundir a opinião pública, tratando um relatório preliminar interno do Tribunal de Contas do Estado (TCE) como uma posição final do órgão, o que não procede, conforme nota divulgada nessa sexta-feira, 17/06, pela instituição”, destacou.
Enquanto enfrenta greve parcial de trabalhadores da construção civil, que já dura três dias, as obras de adequação do Mineirão para a Copa do Mundo de 2014 estão sob análise do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Um relatório técnico elaborado pelo órgão e divulgado por deputados estudais mineiros levanta suspeitas de irregularidades no processo de reforma do estádio, que variam de superfaturamento e falta de licitações.
O relatório técnico está em processo de análise pelo conselheiro Eduardo Carone, que será responsável por emitir um parecer. Posteriormente, ele será avaliado por outros 11 conselheiros daquele órgão. O deputado estadual Rogério Correia, do PT, líder do Bloco Minas Sem Censura, de oposição ao Governo de Minas, defende o embargo das obras do estádio.
Conheça a carreira de mais de 10.000 atletas