Máquinas trabalham na parte externa do Mineirão, cuja obra chega ao 3º dia de greve |
Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira, na parte externa do Mineirão, os operários que trabalham nas obras do Mineirão para a Copa do Mundo de 2014 decidiram manter a paralisação, que chega dessa forma ao terceiro dia. O movimento visa a obtenção de aumento salarial e melhores condições de trabalho.
Operários envolvidos na reforma Mineirão para a Copa do Mundo de 2014, que cruzaram os braços na quarta-feira e mantiveram a greve nesta quinta, apontam dificuldades para trabalhar nas obras do estádio, que estão parcialmente paralisadas. As reivindicações dos trabalhadores passam, principalmente, por aumento de salários e melhor condição de trabalho.
Durante a assembleia, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção de BH e Região, Osmir Venuto, revelou aos trabalhadores o resultado de uma reunião ocorrida na noite de quinta-feira com representantes do Consórcio Minas Arena, responsável pela obras do Mineirão, na sede da Engesa, uma das empresas integrantes.
Segundo ele, foi apresentada uma proposta de 5% de reajuste salarial, a título de adiantamento em relação à data base da categoria, que é de novembro. De acordo com Osmir Venuto, essa situação não atende à categoria.
“Poucas coisas chegaram a avançar. Quando chega no salário a conversa agarra”, revelou Osmir Venuto, que, em sua fala aos operários evidenciou que a liderança do movimento era favorável à sua continuidade.
“Deixamos a decisão para vocês. Temos condições de conseguir mais, se mantiver a paralisação hoje, temos condições de avançar. Quem tem o poder de resolver o problema de salário somos nós”, salientou o dirigente sindical.
Durante a votação, houve unanimidade na decisão de manter a paralisação, que, segundo o Governo de Minas, por meio da Secretaria Extraordinária para a Copa do Mundo (Secopa-MG) é parcial.
Ao UOL Esporte, Osmir Venuto informou que o Consórcio Minas Arena informou que, se a greve continuar, pretende solicitar à Tribunal Regional do Trabalho a instauração do processo de dissídio coletivo.
Os trabalhadores reivindicam aumento de salários, de R$ 926 (oficiais) e R$ 605 (serventes) para R$ 1250 e R$ 850, respectivamente, além de receber 100% de hora extra, que atualmente é de 60%, e cesta básica de 35 kg.
Segundo Osmir Venuto, em relação à hora extra e à cesta básica, o consórcio responsável pelas obras já concordou. “O problema é o salário, é isso que está travando. Se houvesse acordo no salário, não precisaria, por exemplo de cestas básicas”, afirmou.
A assembleia dos trabalhadores do Mineirão contou com a presença do deputado estadual Luiz Carlos Miranda. Uma comissão de operários seguiu para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. De acordo com o parlamentar, haverá uma audiência da comissão de direitos humanos e seria feita a tentativa de inclusão dessa greve na pauta.
O Consórcio Minas Arena informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que irá divulgar nota, ainda na manhã desta sexta-feira, com o seu posicionamento oficial sobre a manutenção do movimento grevista nas obras do Mineirão.
Operários decidiram, em assembleia, na manhã desta sexta-feira, pela manutenção da greve no Mineirão, que chega ao terceiro dia, por melhores salários e condilções de trabalho
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