UOL Esporte Futebol
 
15/06/2011 - 16h12

Romário apoia flexibilização de licitações para Copa, mas teme corrupção

Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em Brasília
  • Operários limpam terreno do futuro Itaquerão, um dos estádios que está com as obras atrasadas

    Operários limpam terreno do futuro Itaquerão, um dos estádios que está com as obras atrasadas

Flexibilizar licitações para obras e serviços relativos à Copa do Mundo brasileira não implica abrir mão de fiscalizar as iniciativas para evitar casos de corrupção. É essa a avaliação do deputado federal Romário (PSB-RJ), que votará nesta quarta-feira (15) pela aprovação da medida provisória que busca atenuar os atrasos na organização do mundial de 2014.

Em entrevista ao UOL Notícias, o deputado federal de primeiro mandato e protagonista da conquista da Copa do Mundo de 1994 pela Seleção Brasileira afirmou que o Brasil “vive um momento muito ruim” na organização do evento, com obras paradas ou nem sequer iniciadas. “Em cinco sedes, nós ouvimos que não está acontecendo exatamente por causa das licitações não feitas”, disse. “Essa MP facilitará para que algumas obras tenham andamento.”

Para  o ex-jogador, “flexibilizar as licitações não significa fazer o que quiser”. “Espero que essa MP passe, porque vai ser importante para o nosso momento. Mas com a condição de que seja tudo muito bem fiscalizado pelos órgãos competentes, como o TCU (Tribunal de Contas da União). Não queremos ler imprensa daqui algum tempo escândalos que aconteçam porque as licitações foram flexibilizadas”, disse.

Romário, que é vice-presidente da Comissão de Esporte e Desporto da Câmara, disse que “se não houver um mecanismo forte, sério e legal para fiscalizar, pode haver corrupção grande”. “Se não for assim, o nosso quadro atual vai piorar ainda mais”, afirmou o deputado.

Nova tentativa
Mais cedo nesta quarta-feira, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que a MP será votada com ou sem acordo com a oposição – que considerar a flexibilização excessiva. O texto promove o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para obras dos principais eventos esportivos que o Brasil receberá nos próximos anos: a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

A iniciativa foi incluída em uma medida provisória que cria a Secretaria de Aviação Civil, que assume as funções do Ministério da Defesa no assunto. Será a quarta tentativa de votar o RDC. Antes, o governo Dilma Rousseff quis aprovar a iniciativa na MP que criava a APO (Autoridade Pública Olímpica). O texto perdeu a validade porque não foi aprovado no prazo de 120 dias.

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