Apesar de o governo estadual não ter ainda concluído o projeto executivo da reforma do Maracanã, o superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) no Rio, Carlos Fernando Andrade, aprovou nesta quarta-feira a demolição da cobertura de concreto do estádio. A arena ganhará cobertura de lonas tensionadas por uma estrutura de aço.
‘Neste momento histórico, achei melhor reforçar o Maracanã como patrimônio imaterial. E decidi aprovar a substituição da cobertura. Acho que o fato de o estádio receber a Copa é mais importante’’, disse Andrade.
Marco da arquitetura e da engenharia nacional, o Maracanã é tombado pelo instituto desde o ano 2000. Há quatro anos, Andrade bloqueou a reforma da Marina da Glória para o Pan. O Iphan argumentou que a construção iria descaracterizar o parque do Flamengo. Hoje, o superintendente do órgão declarou que sua decisão não era ‘ortodoxa’’.
Com a nova cobertura, a obra do Maracanã deverá sair por R$ 1,05 bilhão, 50% a mais que o valor que foi licitado no ano passado.
‘Ficará estranho, mas temos que nos acostumar. O que está em jogo é a Copa do Mundo e a modernização do estádio. Esses aspectos arquitetônicos e culturais passaram para um patamar mais baixo’’, disse o presidente do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), Agostinho Guerreiro.
Responsável pela reforma do estádio, a Secretaria Estadual de Obras disse que o projeto ainda não foi concluído e que será apresentado na próxima semana.
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