UOL Esporte Futebol
 
25/02/2011 - 07h01

Gre-Nal-2014: Grêmio refuta torcida contra rival por Copa; Inter luta por garantias

Jeremias Wernek, Marinho Saldanha e Carmelito Bifano
Em Porto Alegre
  • <b>GRÊMIO ESPERA CONCLUIR OBRA EM 2012 </b><p>Arena do Grêmio terá capacidade para 53 mil pessoas, em bairro perto do aeroporto de Porto Alegre. Direção do Grêmio torce que Fifa abra uma exceção e deixe cidade ter segundo estádio na Copa-2014. Cartolas negam torcida contra o rival.<p>Na área do futuro estádio, obras foram paralisadas nesta quinta-feira por desacerto dos funcionários com empresas. Em nota oficial, Grêmio diz que cronograma não será alterado. Plano é encerrar construção no final do ano que vem, ficando apto para eventual necessidade do país para Copa-14.

    GRÊMIO ESPERA CONCLUIR OBRA EM 2012

    Arena do Grêmio terá capacidade para 53 mil pessoas, em bairro perto do aeroporto de Porto Alegre. Direção do Grêmio torce que Fifa abra uma exceção e deixe cidade ter segundo estádio na Copa-2014. Cartolas negam torcida contra o rival.

    Na área do futuro estádio, obras foram paralisadas nesta quinta-feira por desacerto dos funcionários com empresas. Em nota oficial, Grêmio diz que cronograma não será alterado. Plano é encerrar construção no final do ano que vem, ficando apto para eventual necessidade do país para Copa-14.

Porto Alegre está garantida na Copa de 2014. Os dois maiores clubes da cidade estão de olho no evento. Enquanto o Grêmio se mobiliza para erguer o terceiro estádio de sua história, negando uma disputa interna com o rival para ser sede das partidas, o Inter busca sanar o maior entrave de seu projeto de remodelação do Beira-Rio: as garantias financeiras. Tanto um quanto o outro, refutam um Gre-Nal pelo direito de ter uma Copa do Mundo. Cada um com seu argumento.

Do lado vermelho, a defesa é simples. Se baseia no fato de que a Fifa já oficializou o Beira-Rio como o estádio escolhido em Porto Alegre. “Não tem disputa nenhuma. Oficialmente, o Beira-Rio é sede da Copa do Mundo. O Grêmio imagina essa disputa. Nós não. Ela não existe”, define o vice-presidente de serviços especializados do Inter, Luciano Davi, ao UOL Esporte. O grande ponto na casa do Inter, no entanto, é no quesito financeiro. A mesma entidade que chancelou, quer outras garantias que o clube conseguirá terminar as obras já iniciadas.

No Grêmio, o discurso é de não existe torcida contra. Mas ninguém descarta estar à espreita de um vacilo. “Não posso dizer que torcemos contra o Beira-Rio, ou que queremos tirar o estádio da relação, mas nós teremos um estádio em condições de receber jogo, com conforto e qualidade de sobra para isto”, explica à reportagem o presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini.

“Nossa obra não mudará em nada. O projeto inicial está sendo tocado sem nenhuma ligação com a Copa. Estará pronto, será moderno e atingirá tudo que é esperado para um estádio de Copa do Mundo. Se quiserem, se for necessário, nós estaremos em iguais condições ou à frente do que se espera”, comenta Antonini.

  • INTER DEVE FIRMAR PARCERIA POR OBRAS

    Estádio Beira-Rio já está em transformação e deve contar com dinheiro de fora do Internacional para ser concluído. Arquibancadas inferiores ficarão mais perto do gramado e cobertura finalmente será instalada. Durante o processo, time segue jogando.

  • Diretoria admite que acesso da torcida fica afetado, mas conta com a compreensão dos sócios. "Todos os outros estádios estão fechados. Nós não. Não temos outra alternativa, terá que ser assim", disse o vice de serviços especializados, Luciano Davi.

Sabendo que está muito atrás do Inter nesta concorrência, o Grêmio sonha em quebrar o plano atual da Fifa e demais organizadores da Copa. Tudo para fazer a capital gaúcha ter dois estádios. “Tem essa possibilidade. Acredito muito nisso. Nossa cidade tem um potencial imenso e tudo está sendo feito para que a Copa gere mais benefícios ainda para Porto Alegre”, opina o dirigente gremista.

No entanto, Porto Alegre ainda carece de cuidado maior em aspectos de gerais. Como ampliação do aeroporto Internacional Salgado Filho, melhoria da malha viária, fornecimento de energia e saúde. Além disso, todas as obras provenientes da questão pública estão focadas para a região onde fica o Beira-Rio.

Em visita a Porto Alegre nesta quinta-feira, o Ministro do Esporte Orlando Silva passou pelas duas obras. Conversou com o governador Tarso Genro, secretários, com o prefeito José Fortunatti e também cartolas de Grêmio e Inter. No encontro, Silva pediu agilidade no projeto do Beira-Rio, no que tange a ‘estabilidade’.

“Manifestei ao presidente do clube, Giovanni Luigi, a nossa preocupação para que essa estabilidade com relação ao financiamento das obras ocorra rapidamente”, disse o político. “Eu falei com a direção e o Inter tem consciência de que esse é um desafio importante a ser cumprido. As informações que eu tenho, é que esse tema deve ser equacionado em muito pouco tempo”, completou.

De fato, o Inter deve na próxima semana bater o martelo sobre como seguirão as obras no seu estádio. Em reunião com o Conselho Deliberativo, a atual gestão irá apresentar propostas de construtoras. “Vamos tomar esta decisão em conjunto com todos no clube, é algo grande. Não ficará só na esfera da nossa gestão”, argumenta Luciano Davi.

Quanto a possibilidade de influência do racha no Clubes dos 13 na escolha do estádio, nada muito acalentador. “Não temos nenhuma manifestação do presidente [Paulo Odone] sobre este tema e não diz respeito em nada a Arena”, desconversa Antonini. “O Inter entende estes movimentos recentes, as saídas de clubes. Não vê ligação direta, mas está atento”, garante Davi.

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