05/10/2010 - 15h44

Ministro pede diminuição da burocracia em licitações da Copa e Olimpíadas

Bernardo Feital

No Rio de Janeiro

O tempo é curto e acelerar a burocracia é importante. O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr, destacou a importância de mudar os padrões dos processos de licitações de projetos no Brasil, principalmente para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

Apesar de confiante, o político voltou a reafirmar a sua preocupação com o andamento das obras para a realização desses dois eventos.

“Temos de rever esse sistema, pois acaba dando muita margem para revisões. Se mudarmos um pouco e invertermos a ordem do processo, poderemos agilizar as licitações. Uma mera inversão de fases ajuda na agilização de tempo”, afirmou o ministro, que preferiu não polemizar sobre os atrasos atuais, principalmente relacionados a estruturas da Copa do Mundo.

“Eu não disse que estamos atrasados, mas é importante agir para que tudo corra bem. Temos um tempo relativamente curto”, disse.

Para o ministro, a primeira fase de análise em uma licitação deve ser o preço ofertado. “Claro que já existirá uma pré-avaliação. Mas pegamos o preço como primeiro e depois iremos ver o que a empresa tem a apresentar. Se nos agrada, já podemos começar a agir. Assim, poderemos cortar em até a metade o tempo de licitação”, avisou.

Para que isso aconteça, há de se mudar a legislação brasileira, fato que pode ser solucionado até o próximo ano, segundo as contas do ministro. “O presidente já sancionou, mas, infelizmente, o Congresso ainda não teve a oportunidade de votar. Creio que pelo período eleitoral que vivemos”, salientou.

Outro fator citado pelo ministro foi o aumento dos pregões eletrônicos. “É uma ferramenta bastante utilizada em pequeno porte. É uma solução que permite muita gente participar do processo e podemos elevar em questões de maior porte”, complementou.

Orlando Silva participou do Fórum “A Hora do Rio de Janeiro”, nesta terça-feira, realizado na Bolsa de Valores carioca. Tratando temas como infraestrutura e segurança pública, o evento contou também com a presença do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Nuzman.