UOL Esporte Futebol
 
03/05/2010 - 12h30

Na data-limite da Fifa, quatro sedes de 2014 não têm licitação concluída

Gustavo Franceschini
Em São Paulo

O atraso das sedes da Copa do Mundo de 2014 não é novidade, e já era previsto pelos próprios municípios há semanas. Só que, no dia em que expira o prazo para início das obras em estádios estipulado pela Fifa, quatro cidades ainda sequer concluíram suas licitações principais.

A lista tem Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e Natal. O Maracanã, que deve receber a final do Mundial, passa por um problema semelhante ao do Morumbi. Apesar de ter cronograma e orçamento estabelecidos, ainda discute com a Fifa o projeto ideal para o estádio, o que atrasa o lançamento do edital.

No Distrito Federal, que disputa a abertura com São Paulo e Minas Gerais, o escândalo de corrupção que derrubou o ex-governador José Roberto Arruda atrasou a conclusão do processo. As propostas sequer foram analisadas, e a assinatura do contrato deve acontecer, na melhor das hipóteses, no fim de maio.

As duas sedes atrasadas do Nordeste também sofrem com a burocracia e a falta de planejamento. Fortaleza prevê o anúncio dos vencedores da licitação no dia 10 de maio, deslocando o início das obras para, no mínimo, o fim do mês.

A cidade com a situação mais crítica é Natal. As autoridades locais ainda sequer publicaram o edital para a construção do estádio, o que indica que as obras, de fato, dificilmente começarão em maio. Para se defender, as autoridades locais alegam que a demolição de prédios do entorno, que já está prevista, fazem parte do projeto.

Das 12 cidades-sede da Copa de 2014, somente quatro começaram as obras principais relacionadas ao Mundial. Belo Horizonte, Cuiabá, Manaus e Salvador são as mais adiantadas. São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro também fizeram alterações nos estádios, mas ainda não iniciaram os principais pontos das reformas.

Esta é a segunda data imposta pela Fifa que não é cumprida. O primeiro prazo estipulado foi dia 1º de março. Diante dos atrasos, a entidade admitiu adiar a cobrança. Até agora, no entanto, ela não decidiu se vai impor alguma sanção aos municípios.
 

 

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