Projeto do São Paulo para o Morumbi foi elogiado
A luta que a cidade de São Paulo trava para receber a abertura da Copa do Mundo de 2014 teve um capítulo positivo nesta sexta-feira. Pela primeira vez, a Fifa elogiou o projeto do Morumbi, o estádio escolhido pelos paulistas para receber os jogos do Mundial.
“As últimas informações que recebemos sobre a Copa de 2014 são boas. Até mesmo do Morumbi, que já virou uma saga entre a Fifa e São Paulo. O último projeto que recebemos preenchem todos os requisitos pedidos”, afirmou o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, em entrevista coletiva após a reunião do comitê executivo da entidade na Suíça.
Segundo ele, o novo projeto apresentado pelo estádio é uma evolução. Ele não citou, porém, se o local irá receber um upgrade de qualificação. Oficialmente, a entidade aprova o Morumbi apenas para jogos da 1ª fase e oitavas de final. A cidade de São Paulo, porém, quer a abertura do Mundial.
"Os planos de reforma do Morumbi eram um problema. E o projeto que recebemos recentemente nos deixou satisfeitos com as evoluções. O que foi pedido está sendo atendido", resumiu o dirigente.
A sinalização positiva mostra que as mudanças que o São Paulo Futebol Clube, responsável pelos ajustes no Morumbi, fez no projeto de reforma estão no caminho certo. No mês passado, o clube contratou um escritório de arquitetura alemão, com experiência em reforma e construção de estádios para Copas do Mundo, para readequar o local.
As reclamações em relação aos primeiros projetos envolviam a necessidade de reformas e mudanças estruturais. Os novos planos contam com duas novidades nas áreas de hospitalidade e de visibilidade do anel inferior. Obras de esgoto e saneamento básico foram executadas. O custo da reforma completa do Morumbi está estimado em R$ 290 milhões.
Valcke também evitou polêmicas ao falar sobre possíveis dificuldades financeiras gerada pela mudança na lei dos royalties do petróleo. Nesta semana, o Rio de Janeiro fez uma manifestação contra mudanças na divisão dos lucros da extração de óleo, alegando que o Rio de Janeiro perderia receita e não poderia reformar o Maracanã e modernizar a cidade para a Copa do Mundo de 2014, nem organizar as Olimpíadas de 2016.
"Não estamos preocupados para a Copa do Mundo. Para as Olimpíadas é outra história. Mas conversamos com Ricardo Teixeira (presidente da CBF e do Comtiê Organizador do Mundial) e ele não relatou nenhum problema com as garantias governamentais dadas", explicou Valck ao ser questionado sobro o assunto. "Financeiramente, a Copa do Brasil, inclusive, já tem uma série de acordos com parceiros comerciais fechados. O número é maior, inclusive, do que tínhamos na África do Sul na mesma época".
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