Rodrigo Mattos

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ReportagemEsporte

Como foram bastidores da mudança na tabela para Palmeiras, Galo e Flamengo

Na semana passada, definiram-se os finalistas das Copas continentais: Atlético-MG (Sul-Americana), Palmeiras e Flamengo (Libertadores). Com o aperto do calendário, sobrou um intrincado quebra-cabeça de jogos para a CBF montar e tentar evitar prejuízos aos clubes.

O principal imbróglio era sobre o jogo entre Atlético-MG x Palmeiras, marcada para a 34a rodada, anterior à final da Sul-Americana.

O Galo pediu a marcação do jogo para terça-feira, dia 18 de novembro. Assim, poderia chegar descansado à Assunção até 23h59 de quarta-feira, como manda o regulamento da Conmebol.

Mas o Palmeiras alegava que, com isso, teria a perda de todos os seus jogadores convocados, já que a data-Fifa se estendia até terça-feira. Não jogaria com Flaco Lopez, Vitor Roque, Gustavo Gomez e Piquerez, entre outros. Por isso, pedia o jogo na quarta-feira à tarde.

A negociação se desenrolava com participação de longe do Flamengo, que disputa o título com o Alviverde. Falava com a CBF como terceiro interessado. Não interferia, mas queria uma solução sem favorecimento ou prejuízos, inclusive para seus jogos.

Na confederação, houve o entendimento que só dava para encontrar uma solução com diálogo com todas as partes.

O departamento de competições da entidade já tinha um plano em mente: inverter jogos na rodada. O Atlético-MG x Palmeiras foi trocado com o Palmeiras x Vitória (da 37a rodada), que foi marcado no dia 19. É a mesma data do Fla-Flu. Ambos poderão ter aviões para trazer seus jogadores convocados de diversas seleções.

Já o Galo teve seu jogo com o Red Bull puxado para o meio da data-Fifa, ganhando dias de descanso a mais para a final.

As duas rodadas de Flamengo (Red Bull e Atlético-MG) e Palmeiras (Fluminense x Grêmio) antes da final da Libertadores foram deslocadas para sábado e terça-feira.

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O Palmeiras ficou com três últimos jogos como visitantes, o que contraria regra informal da CBF. Mas foi a própria diretoria alviverde que preferiu esse formato para poder ter todos os titulares diante do Vitória.

O Atlético-MG ficou satisfeito com o maior, e o Flamengo também concordou com as mudanças. Houve um entendimento na CBF de que todos os interesses foram atendidos. Ouvido, o Red Bull não se opôs.

O Vitória, no entanto, reclamou por meio de seu presidente Fábio Nascimento. Para a confederação, o time baiano tem uma vantagem de jogar com o Palmeiras na semana da final.

Em um calendário apertado, a CBF encontrou uma solução para reduzir o impacto esportivo na reta final.

Reportagem

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