Rodrigo Mattos

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ReportagemEsporte

Em briga com Libra, Bap diz que Leila tem agenda própria e cita caso Vasco

Na noite desta terça-feira, a diretoria do Flamengo apresentou para o Conselho Deliberativo os detalhes da briga entre o clube e a Libra pelo contrato de TV. Foram mostrados dados para embasar a alegação do clube de que a entidade desrespeitou suas próprias regras ao aprovar a divisão de tv.

Durante a exposição, o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, disse que a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, tem uma agenda clara - querendo dizer dela mesmo. Citou o caso do empréstimo de R$ 80 milhões da Crefisa para o Vasco.

"Eu não tenho dúvida nenhuma que existe uma agenda muito clara. A gente está falando desse problema da Libra. A empresa que ela preside emprestou dinheiro para a SAF do Vasco. Quem já pegou dinheiro com instituição financeira na vida? Algum banco pede como garantia as ações do seu negócio que não vai bem ou pede garantia de bens reais? Quero sua fazenda, apartamento. Quem pede 19% das ações se não puder ser pago? Parece que da última vez que vi isso acontecer no Brasil os Menin compraram o Atlético. Cresceram uma dívida que era necessária. Chegou uma hora eles executaram. Acho absolutamente estranho? Estamos falando de Fair Play Financeiro no Brasil. Isso deveria estar sendo questionado. A mulher de César não basta ser honesta, tem parecer honesta. Existe uma agenda, não tenho a menor dúvida. Qual a agenda o tempo vai dizer."

A diretoria do Vasco nega que existam conversas sobre venda do clube para a Crefisa. A operação de empréstimo foi modificada e agora há 10% das ações da SAF comprometidas como garantia.

Leila Pereira tem feito críticas ao Flamengo durante a disputa com a Libra. Classificou o clube como egoísta na briga relacionada à Libra e afirmou que havia "terraflanistas".

Sobre a Libra, a diretoria do Flamengo apresentou os documentos mostrados na Justiça do Rio em que questiona a aprovação do critério de audiência, responsável por distribuir 30% do contrato da Libra - um valor em torno de R$ 315 milhões. A Justiça bloqueou os pagamentos para todos os clubes, após pedido do Rubro-Negro.

O clube demonstrou que o critério de audiência aprovado em setembro de 2024, no estatuto da Libra, não poderia ser aplicado. Isso porque ele previa uma ponderação pelas receitas de TV Aberta, TV Fechada e ppv. Só que, no contrato, não há essa divisão.

Outra argumentação do Flamengo é que a assembleia da Libra que aprovou o detalhamento do critério, em agosto de 2025, é irregular. Aponta dois motivos: 1) o fato de a convocação ter sido alterada em relação ao início da reunião, em maio 2) a votação foi feita sem unanimidade ao contrário do previsto no estatuto.

O clube ainda reivindica que a Libra mostre os áudios desta assembleia, já que entende que a ata da reunião não reflete o que ocorreu.

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Não há no Flamengo intenção de sair da Libra porque o contrato está em vigor até 2029.

Reportagem

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