Flamengo e Corinthians defendem organizar liga sem acordo de TV imediato
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O Flamengo e Corinthians defendem que o projeto de liga para organizar o Brasileiro não envolva um acordo com direitos de tv e patrocínios de imediato. Ou seja, não concordam com o documento inicial que prevê a cessão de ativos dos clubes à liga em discussão entre os times.
A Liga Forte União e a Libra têm negociado há meses uma união entre ambas para assumirem o Brasileiro. Foi feito um MOU (Memorando de Entendimento) com o objetivo de ter a adesão dos 40 times da Série A e B, como revelado pelo blog.
O texto deste pré-acordo tem duas partes importantes: 1) o primeiro passo para estruturar a governança da liga em até seis meses 2) a cessão de ativos de clubes de forma vinculante (obrigatória) de 2030 a 2039.
O MOU prevê, portanto, que os clubes cederiam a liga os direitos de TV, placas e exploração de redes sociais durante jogos. Já havia até um esboço de como seria dividido o dinheiro, entre percentuais igualitário, por audiência e posição. Os detalhes dos critérios seriam discutidos depois.
O Flamengo se recusou a assinar porque entende que perderia dinheiro sem nem saber qual seria a regra. Já há um incômodo do clube rubro-negro de que, no novo contrato com a Libra/Globo pelo Brasileiro, há uma perda estimada de R$ 100 milhões em relação ao acordo anterior direto com a emissora.
O Corinthians, depois de analisar o documento, também adotou a mesma posição: não quer ceder seus ativos para além de 2029, período em que tem contrato com a LFU.
Para os dois clubes, o ideal é separar os dois pontos e tocar a estruturação da liga. Na visão rubro-negro, é possível ter um alinhamento de 90% dos temas em relação a essa organização da nova entidade para gerir o Brasileiro.
Aí se poderia discutir itens do próprio campeonato, como arbitragem e gramado, e estruturar o produto.
O Corinthians tem posição bem parecida. Para o clube, a discussão deve ser de formação da liga e a cessão de ativos não é necessária para isso.
No entendimento do clube alvinegro, no futuro, depois da liga formada, poderia haver uma convergência comercial natural entre os clubes. Mas não agora.
Dirigentes de Flamengo e Corinthians já conversaram sobre essa posição e é o que pretendem defender nos próximos encontros sobre o tema.
Os dois clubes são os que têm maiores receitas de televisão e comerciais nos últimos anos.
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