Flamengo faz jogo displicente e leva lições para enfrentar o Bayern

Obviamente o contexto era bem diferente do que ocorrerá com um Bayern que acostuma pressionar alto e dominar seus jogos.

Mas há sinais que o Flamengo tem sobre seu próprio time. O primeiro deles é que Pedro continua fora do ritmo ideal de jogo.

Durante o jogo, por diversas ocasiões, Pedro teve bolas na área ou perto dela em que poderia concluir a gol ou servir companheiro. No seu auge, seriam lances que provavelmente acabariam na rede, três ou quatro durante a partida. E ele sempre errou.

Além dele, Cebolinha e Michael também não mostraram motivos para mudar suas posições no banco.

Outra lição para o Flamengo é que, seja contra europeus ofensivos ou contra um LA defensivo, é preciso ter o jogo de marcação pressão no alto. Encaixou-se em alguns momentos, mas não tantas vezes quanto é o costume do time carioca.

Está claro que, sem precisar vencer ou empatar, a rotação mais baixa pode ocorrer em certos casos. Mas, contra o Bayern, será preciso intensidade desde o início do jogo e por 90min.

Ainda assim, o Rubro-Negro conseguiu chances de gol: acabou com 18 conclusões. Dois chutes de Arrascaeta na trave, uma de Danilo, outro de Pedro, chutes por cima, erros de passes finais. Se houvesse mais precisão no acabamento dos lances, era possível vencer mesmo em ritmo mais lento.

Não será possível ser tão ineficaz em um jogo com o Bayern.

E o mesmo vale para a desatenção para permitir a Tillman cobrar uma falta com rapidez e pegar uma linha de impedimento desarmada para deixar Bounga só. Contra o time alemão, será fatal.

Um ponto positivo foi Wallace Yan, que, de novo, entrou bem e fez o gol de empate. Trata-se de um garoto que não se intimida com jogo grande apesar da pouca idade. É desse tipo de atitude que o Flamengo vai precisar no grande desafio que terá pela frente.