Rodrigo Mattos

Rodrigo Mattos

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
OpiniãoEsporte

Flamengo põe Chelsea na roda e acaba com a aura da Premier League

O Flamengo dominou praticamente todos os aspectos do jogo contra o Chelsea na partida do Mundial de Clubes. Teve mais posse de bola enquanto o jogo esteve vivo, mais conclusões a gol, foi melhor taticamente e tecnicamente em relação ao rival.

Estamos falando do time inglês que investiu R$ 4,166 bilhões em seu elenco no último ano. Foi o quarto da Premier League do último ano.

Mas, desde o início, o Flamengo se impôs no jogo. Conseguia tanto praticar sua marcação pressão sobre a saída dos ingleses quanto conseguia sair da marcação adiantada rival.

O problema é que, ao gerar vantagens territoriais, o Flamengo errava nos passes finais. Foi assim quando Luiz Araújo não acertou a força do passe para Plata que sairia na cara do gol.

O Chelsea conseguia ameaçar em contra-ataques e retomadas de bola. Assim saiu seu gol. Wesley falhou no domínio de uma bola após escanteio a favor, Pedro Neto ganhou o domínio, avançou e fez. O lateral foi escalado porque é mais veloz e, com exceção da falha, teve atuação.

Ao final do primeiro tempo, o Flamengo tinha mais posse de bola, mas lhe faltavam arremates a gol.

No segundo tempo, o calor passou a ser um fator importante no jogo. Caiu a intensidade inicial da partida disputada palmo a palmo.

Por isso, talvez, Filipe Luís optou por tirar o desgastado Arrascaeta por Bruno Henrique. Iria apostar em um ataque intenso na marcação e nas arrancadas diante de um Chelsea claramente cansado.

Em apenas três minutos, como ocorrera na final em Lima da Libertadores, o Flamengo virou o jogo. Primeiro, Gerson, em partida soberba, lançou a bola para Plata encostar para Bruno Henrique marcar. Há até similaridades com o primeiro gol de Gabigol no Peru, marcado na cara do goleiro.

Continua após a publicidade

Na sequência, Bruno Henrique serviu Danilo para fazer o segundo gol.

O Chelsea vinha jogando desde o início no limite entra rispidez e a violência, acumulando cartões amarelos. A entrada de Nicolas Jackson em Ayrton Lucas ultrapassou o limite e gerou um vermelho.

Sobrou tempo para Wallace Yan fazer o terceiro, em bela tabela, e decidir a partida. O Flamengo deu a bola a um Chelsea já batido para esperar o final do jogo.

O domínio rubro-negro tira a aura da Premier League como campeonatos de times invencíveis para os brasileiros, uma espécie de NBA. Um efeito similar ao que o Botafogo, em outro estilo, tinha feito em relação à Champions com a vitória sobre o PSG. O rei está nu.

Os times europeus continuam como os favoritos ao título do Mundial de Clubes até porque são 12 contra 6 sul-americanos. Acreditar que estão em patamar inatingível para as equipes sul-americanos, no entanto, é uma verdade que ficou pelo caminho.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.