Rodrigo Mattos

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ReportagemEsporte

Quais os próximos passos do caso Bruno Henrique no STJD e na Justiça

O inquérito da Polícia Federal sobre Bruno Henrique, atacante do Flamengo, foi concluído com o pedido de indiciamento por fraude a jogo. Agora, o caso vai se desenvolver tanto no STJD (com punição esportiva) quanto na Justiça comum (com pena criminal).

O UOL apurou que o Ministério Público do Distrito Federal já trabalha informalmente em uma denúncia do caso Bruno Henrique. A tendência é que ele seja enquadrado no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, como indicado pela PF.

No artigo, está descrita a punição por fraudar por qualquer meio ou contribuir para a fraude para resultado de competição esportiva. A pena prevista é prisão de dois a seis anos.

Oficialmente, o MP diz que precisa ser intimidado sobre o relatório da PF, o que ainda não ocorreu.

"Quando isso ocorrer, o documento será analisado com rigor e a partir daí serão definidas novas etapas processuais, que podem incluir, por exemplo, a determinação de novas diligências", informou o órgão.

O STJD, por sua vez, já solicitou à Justiça o compartilhamento de informações do inquérito sobre Bruno Henrique. Isso já tinha sido reivindicado pela própria PF.

A decisão depende do juiz Fernando Barbagalo, responsável pelo inquérito, mas é praxe esse tipo de procedimento ser aprovado.

A partir daí, a procuradoria do STJD vai ter que instaurar novo inquérito sobre Bruno Henrique por infração ao artigo 243 do código desportivo. O tribunal já tinha arquivado procedimento anterior por falta de vantagem econômica.

Quando a procuradoria fizer a denúncia, o que é provável, a presidência do STJD pode aplicar uma suspensão preventiva de 30 dias. Isso ocorreu no caso dos 12 jogadores envolvidos no caso de manipulação de jogos analisados na operação Penalidade Máxima.

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Além isso, há uma dúvida sobre como a procuradoria vai enquadrar o caso de Bruno Henrique. Pelo artigo, a pena pode ser de 180 a 360 dias por manipulação. Mas o prazo aumento de 360 a 720 no caso de vantagem econômica do acusado.

Os dados do inquérito mostram que Bruno Henrique não levou vantagem pessoalmente com as apostas, mas seu irmão e dois familiares, sim.

Então, o desenrolar do caso dependerá de como procuradoria e o tribunal vão interpretar se o atacante do Flamengo foi beneficiado ou não, o que poderá impactar bastante no prazo de uma possível punição.

Reportagem

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