Augusto descarta SAF no Corinthians sugerida por Ronaldo: 'Impossível'
O Corinthians tem uma dívida superior a R$ 2 bilhões e seguidas cobranças judiciais e em tribunais esportivas por falta de pagamento. Para o presidente Augusto Melo, no entanto, o clube já está plenamente adaptado a regras de Fair Play financeiro.
Além disso, o dirigente descartou qualquer possibilidade de uma SAF nos moldes citados pelo ex-jogador Ronaldo. Em entrevista ao Charla Podcast, o empresário e ex-acionista do Cruzeiro afirmou que seria comprador de uma empresa corintiana.
"O dia em que o Corinthians decidir fazer a SAF, serei um comprador. Arrumo dinheiro no mercado. Vou adorar envolver o torcedor. Temos um potencial enorme para trabalhar esse marketing. Resolve a dívida do estádio e aí é só olhar pra frente com orçamento grande. O Corinthians já fatura bem. Se organizar, vai faturar mais ainda", disse.
Questionado pelo blog, Melo descartou qualquer possibilidade:
"SAF no Corinthians é impossível. O Corinthians é muito gigante. O que precisa realmente é de uma administração profissional", afirmou ele. Anteriormente, já tinha deixado claro que entende que o clube tem uma gestão profissional em sua administração.
Disse ser favorável a um Fair Play Financeiro (controle de gastos para clubes) porque para o Corinthians é muito tranquilo.
"Acho perfeito, sou favorável. Corinthians dentro de sua condição de receita sempre vai estar no Fair play. Para a gente é muito tranquilo porque a gente sempre cumpre nosso estatuto", contou.
"A gente está adaptado a isso. O Corinthians hoje nesta gestão não gasta o que não tem. Gasta dentro das suas condições, dentro das suas receitas, muito tranquilo para a gente."
Durante a gestão de Melo, o Corinthians já atrasou pagamentos de direitos de jogadores comprados. Há uma dívida de R$ 75 milhões na CNRD (tribunal da CBF), entre débitos deste administração e da anterior. O clube também entrou com uma RCE (Regime Centralizado de Execuções).
Sobre a CNRD, Melo afirmou que ainda está em negociação. E espera as parcelas da RCE (Regime Centralizado de Execuções) para saber quanto da receita do clube será destinada ao pagamento. Mas disse que vai cumprir.
Na dívida do Corinthians, há cerca de R$ 700 milhões referentes ao estádio, outros R$ 800 milhões relacionados a impostos e o restante de débitos com privados. É nesta última que estão as dívidas do CNRD e do RCE.
Reportagem
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