Rodrigo Mattos

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ReportagemEsporte

Flamengo aposta em Maracanã para crescer receita e cogita até naming rights

A diretoria do Flamengo decidiu adiar o projeto de construção do novo estádio até por falta de sobra de receita no momento para bancá-la. Em paralelo, a gestão de Luiz Eduardo Baptista faz uma aposta forte em uma melhoria da operação do Maracanã, com redução de custo e aumento de receitas.

Em apresentação no Conselho Deliberativo, Bap sinalizou uma série de projetos para aumentar o dinheiro gerado pelo estádio.

Entre elas estão a criação de novas receitas de patrocínio. O diretor cogitou até uma venda do naming rights. Segundo ele, isso poderia ser possível se fosse vendido para uma grande empresa como bancos Bradesco e Itaú. A negociação de direitos de nome do Maracanã sempre foi considerada difícil.

Na operação, a diretoria fechou um acordo com o governo do Estado do Rio para ter 400 novas vagas novas no espaço do Célio de Barros. Além disso, há a intenção de gerar receitas com novos serviços de alimentação, bebida e hospitalidade.

Outra área de atuação da diretoria é melhorar a margem de lucro dentro do estádio. O Maracanã sempre foi tradicionalmente caro, o que reduzia a receita líquida da arena.

Ao Conselho, Bap informou que a margem era de 31% de lucro e que já conseguiu passar para 43% com redução de custos. Sua meta é de ter pelo menos 60% da receita livre para o clube.

Estádios mais eficientes e de custos menores como Allianz Parque e Neo Química Arena costumam ficar com cerca de dois terços - perto de 66% - da receita.

Outro ponto para aumento de receita de matchday será a revisão do plano de sócio torcedor do Flamengo. A principal mudança em curso é criar uma nova categoria mais popular, similar à categoria bronze que já existiu. A tendência é também uma mudança geral de nomes dos planos.

No projeto do novo estádio, Bap adotou a estratégia de adiar alguns passos do projeto enquanto a Arena e a FGV não concluem os estudos com o novo orçamento. O presidente já falou em um custo de R$ 3 bilhões.

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Então, ele adiou a emissão de CEPACs - títulos sobre a Gávea - da prefeitura que seriam usados na construção. Isso porque há uma saturação do mercado, na visão do dirigente.

E também vai adiar por mais seis meses o acordo de mediação judicial do preço do terreno. Além disso, há uma conversa com a Naturgy sobre a desocupação do terreno, já que o local - conhecido como Gasômetro - tem instalações de gás da cidade.

Reportagem

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