Prejudicado, Filipe Luís fala de arbitragem sem piti nem tentar 'vantagem'
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Campeão Carioca, Filipe Luís teria suas razões para reclamar da arbitragem. Em uma decisão bem controversa, o árbitro Bruno Arleu de Araújo decidiu anular um gol rubro-negro de Plata por uma suposta falta de Juninho no zagueiro Ignácio. Sem ter marcado nada no campo, mudou de opinião após ser chamado para revisão no VAR.
O lance teria selado o título do Estadual para o Rubro-Negro pois era no final do jogo. É bem difícil enxergar um critério em que Juninho tenha feito falta no zagueiro em uma disputa de espaço.
Filipe Luís não viu a falta e manifestou-se sobre o que pensava. Mas disse que o que mais lhe incomodavam eram picotadas de jogo, aquelas zilhões de paradas e faltinhas que não deixam a partida fluir. Foram 41 no clássico.
"Eu não reclamo das decisões. O gol do Fluminense não foi falta naquele lance. Não reclamei, não reclamei, é decisão do juiz e acabou. A recomendação é só parar se for concussão (parada). Aí sim vou reclamar. Árbitro cansado que apita falta vou reclamar. Os erros acontecem. Vi o que aconteceu hoje, se erraram, azar. Var para mim é intervenção mínima. Se precisa de cinco minutos, é melhor manter a decisão de campo", analisou.
Seu comentário vem posteriormente a reclamações oficiais de Vasco e Fluminense sobre supostos erros em favor do Flamengo em jogos do Estaduais. Ao final do primeiro jogo da final, o técnico Mano Menezes falou que a diferença de de punição entre os dois times foi nítida e disse que quem bate demais "deve ser punido".
Seu time fez 21 faltas na segunda partida - o Flamengo fez 20 - e revezou faltas para parar jogadas. Tanto que acabou com seis amarelos.
"Sinto dessas reclamações muitas das vezes, por decisões pequenas, são para tirar o foco do que realmente aconteceu no campo. E tirar o mérito da vitória dos outros. E botar a culpa nos árbitros", disse Filipe.
Não é apenas para tirar o mérito, como disse o técnico rubro-negro. As declarações pós-jogo são no Brasil um elemento de pressão para a próxima partida. E um fator importante como se viu na arbitragem da segunda partida que inventou uma falta depois de Mano reclamar que quem batia não era punido.
Seria fácil para Filipe Luís subir o tom e dizer que o Flamengo foi prejudicado, que o critério da arbitragem precisa melhorar, que não dá para aceitar tantos erros. A cantilena que ouvimos de todos os técnicos no cenário nacional. Chorar hoje para colher amanhã.
Mas as suas reclamações se restringiram ao andamento do jogo, ao prejuízo à partida por decisões da arbitragem. Não deu piti, não criou um cenário para levar vantagem no futuro.
Talvez Filipe Luís tenha armado um Flamengo tão melhor do que o Fluminense por não estar preocupado em justificar atuações de seu time pela arbitragem ou com estratégias extracampo de pressão.
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