Como estão as contas do Super Mundial e definição da remuneração dos clubes
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A quatro meses de seu início, o Super Mundial ainda não tem uma definição da remuneração para os clubes pela participação. Há dois motivos: a Fifa ainda fecha uma parte das receitas da competição e define os critérios para distribuição do dinheiro entre os times.
O processo está em fase final e espera-se que a Fifa bata, em breve, o martelo sobre essas cotas por agremiação.
A questão é que as receitas estão abaixo do projetado na concepção da competição. Inicialmente, a entidade fazia pedidas ambiciosas, no patamar de Copa do Mundo, pelos direitos de TV.
Ao final, assinou um contrato de com a DAZN por um valor aproximado de US$ 1 bilhão (R$ 5,7 bilhões) pelos direitos globais. A empresa de streaming - que tem perdas em receitas nos últimos anos - pode fazer sublicenciamento para TVs pelo mundo.
Classificação e jogos
A Globo já negocia com a empresa um acordo para transmissão do Super Mundial. Obviamente, a conversa está em patamares mais baixos do que as pedidas feitas pela Fifa.
Há ainda três patrocinadores, Hinsense, Inbev e Bank of America, com possibilidade de novas adições. E as vendas de ingressos se iniciaram no final do ano passado e em janeiro, há aposta também em receitas com os pacotes de hospitalidade.
Esses dados são importantes porque a cota dependerá da arrecadação obtida pelo torneio. A Fifa já decidiu que vai usar todo o dinheiro obtido para pagar as cotas, descontados os custos da operação do Mundial. Não vai usar dinheiro de caixa para suplementar, nem pretende lucrar com o torneio.
A segunda questão é o critério de distribuição do dinheiro. A Fifa tem o entendimento de que teria de ser paga uma cota básica pelos três jogos iniciais, só que havia uma discussão se seriam valores iguais.
Dirigentes da Fifa argumentaram a interlocutores que não seria possível dar o mesmo dinheiro ao Real Madrid e a um time da Oceania. Isso porque os europeus têm marcas mais fortes e pressionam pela remuneração.
Ao mesmo tempo, havia uma cobrança de clubes do Brasil e México, por exemplo, por um critério objetivo para a divisão.
Outra possibilidade é a Fifa turbinar cotas por fases mais avançadas da competição, o que também foi sinalizado por dirigentes da entidade a interlocutores. Assim, isso atenderia os europeus que têm a expectativa de ir até o final.
Em seu orçamento de 2025, feito ainda na gestão Rodolfo Landim, o Flamengo estimava R$ 120 milhões de receita. Baseava-se na conta de 5 milhões de euros por jogo, indo até as oitavas. Mas o próprio clube sabia que os dados eram estimados, ainda sem uma reposta definitiva da Fifa.
A conta real, que vai ter impacto nos orçamentos brasileiros, não deve demorar.
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