Rodrigo Mattos

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Como negociação da CBF com a Nike se compara a acordos de superclubes

A CBF e a Nike estão em negociação para uma renovação do contrato de patrocínio para a seleção brasileira - o atual vínculo acaba no final de 2026. O mercado de fornecedores de times nacionais está aquecido, com disputas entre concorrentes. A confederação almeja ter o maior contrato com a empresa norte-americana.

Mas como os valores atuais da seleção e em negociação se comparam com contratos do futebol mundial?

Para começar, o parâmetro atual do contrato da CBF com a Nike é de US$ 35 milhões (R$ 190 milhões). Representa menos de um terço do valor da Alemanha e da França (100 milhões de euros cada; R$ 605 milhões), que acabaram de fechar acordos novos com a empresa norte-americana.

Inglaterra e Itália, embora com diferença menor, também têm contratos superiores aos do Brasil, com Nike e Adidas, respectivamente.

A diferença é maior quando a comparação é com os superclubes europeus. Dono do maior contrato do mundo, o Real Madrid recebe algo entre 110 e 120 milhões de euros (R$ 660 milhões e 726 milhões) da Adidas.

É seguido pelo Manchester United - também com valor a receber anual de R$ 660 milhões da Adidas - e pelo Barcelona - em torno de R$ 600 milhões. O time catalão, por sinal, tem se revelado insatisfeito com a Nike e ameaça rompimento.

Campeão de tudo no ano passado, o Manchester City tem um acordo anual com a Puma em torno de R$ 424 milhões. É inferior, por exemplo, ao contrato do Arsenal com a Adidas. Já o Bayern de Munique fica um pouco atrás, com R$ 362 milhões recebidos da mesma empresa alemã, que detém 8% das ações do clube.

A América do Sul é um mercado incomparavelmente mais pobre onde a CBF, sim, sobra. O acordo do Flamengo com a Adidas, o maior de um clube no continente, gera entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões.

Favorecido pelo câmbio, o River Plate tem um contrato entre R$ 45 milhões e R$ 60 milhões a depender de metas. E o Boca Juniors também arrecada algo em torno de R$ 50 milhões da mesma Adidas. São seguidos pelo Palmeiras com seu acordo entre R$ 40 e 50 milhões com a Puma, renovado recentemente.

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Então, a CBF busca um valor com patamares europeus ao pedir alto para a Nike e mirar um acordo superior a seleções do velho continente. Resta saber se a empresa vai topar ou se uma das concorrentes vai roubar a camisa da seleção.

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