Sob Tite, Flamengo se torna o time que luta até a última bola

Há uma crença de que Tite não combina com o Flamengo. Excessivamente pragmático, adepto do equilíbrio em um time que faz da sua natureza o descontrole, quase a alucinação. Até a busca de Tite por uma defesa bem postada, básico em qualquer time de futebol, era meio demonizada.
Depois de um bom início de ano, o Flamengo oscilou, o treinador cometeu la seus erros, as circunstâncias não ajudaram. E até a queda de Tite foi pedida. Havia um que de implicância.
A reação se deu em ajustes táticos, em um crescimento técnico dos jogadores e o Flamengo emplacou uma série de jogos invictos. Já são oito jogos sem perder, sete vitórias.
Neste período, lembremos, o calendário da CBF e a Copa América esfacelaram o Flamengo. Houve jogo em que eram 10 desfalques. A recente paz para Tite está ameaçada, ainda está. É um time quase sem reservas, cansado.
Em dois jogos, no entanto, o Flamengo de Tite foi buscar algo que não era comum a este time no último ano e meio. Uma resiliência, um acreditar até o fim. Já na goleada sobre o Vasco se viu um Flamengo com sede até os derradeiros minutos a pontos de fazer seis gols.
E isso é também uma característica de Tite: seus times são focados, disciplinados, destinados a brigar até a última gota. Foi na última bola que o Flamengo empatou diante do Athletico-PR. Foi no último respiro que David Luiz cabeceou para determinar a vitória diante do Bahia.
Tite encontrou algo em comum com o torcedor rubro-negro. Ao bater o Bahia, ele correu com seu joelho claudicante pelo campo. Sabe lá onde essa relação vai parar.
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