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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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Por que Globo desistiu de jogo da seleção que passará em canal de Galvão

Galvão Bueno, Walter Casagrande Jr, Arnaldo Cezar Coelho e Tino Marcos estarão na transmissão de Marrocos x Brasil - Reprodução Instagram
Galvão Bueno, Walter Casagrande Jr, Arnaldo Cezar Coelho e Tino Marcos estarão na transmissão de Marrocos x Brasil Imagem: Reprodução Instagram

Colunista do UOL

17/03/2023 04h00

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A CBF anunciou nesta quinta-feira que o canal do Galvão Bueno no YouTube vai transmitir o amistoso da seleção contra Marrocos, no dia 25 de março. A Globo, detentoras de direitos do último ciclo, desistiu de comprar o jogo porque não se encaixava nem na sua grade, nem na estratégia comercial.

O canal de Galvão Bueno é gerenciado pela empresa Play 9, dos sócios João Pedro Paes Leme (ex-Globo), Felipe Neto e Marcus Vinicius Freire. A transmissão será em streaming no YouTube.

Essa negociação é pontual já que a CBF prepara uma espécie de concorrência para o pacote de jogos da seleção para o ciclo até a Copa de 2026, o que inclui amistosos e partidas eliminatórias.

Neste contexto, a partida não poderia ser transmitida pela Globo em TV Aberta por causa do horário de 19 horas, de um sábado. Esse horário não poderia ser modificado por causa do Ramadã no Marrocos. Na visão da emissora, o jogo teria valor para a TV Aberta.

A CBF cogitou negociar os direitos para o SporTV. Mas, neste caso, deixou de ser interessante para a Globo por causa do valor vendido pela entidade. Em uma TV Fechada, é difícil gerar receita com apenas uma partida, sem uma sequência que integre um possível pacote para atrair assinantes e anunciantes.

Pelo que apurou o blog, o valor pedido pela CBF não é baixo. O padrão no último ciclo era de um valor em torno de US$ 2 milhões por jogo. Diante de todo esse cenário, a Globo desistiu de comprar os direitos.

A emissora, no entanto, continua interessada no pacote da seleção para o ciclo da Copa, que começaria a ter jogos a partir de junho, na próxima data Fifa. Há outras propostas na mesa de agências de marketing da Arábia Saudita e dos EUA. O país do Oriente Médio tem feito uma política para atrair eventos de futebol para o país, além de se tornar um player na negociação de direitos.