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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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Divisão de dinheiro de TV e Série B: o que rachou clubes na reunião da Liga

Bola oficial do Brasileirão para a temporada de 2022 - Wagner Meier/Getty Images
Bola oficial do Brasileirão para a temporada de 2022 Imagem: Wagner Meier/Getty Images

03/05/2022 12h25

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Um grupo de clubes, incluindo os grandes paulistas e o Flamengo, assinou um documento com a criação da Liga de Clubes do Brasil para organizar o Brasileiro da Série A. Mas o movimento Forte Futebol - que reúne dez clubes da Série A - não quis aderir por discordâncias relacionadas à divisão de dinheiro. Para a Liga sair, será preciso haver um consenso entre os dois lados, talvez em nova reunião na CBF.

Corinthians, Santos, São Paulo, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Flamengo assinaram um documento para criação da Liga —Cruzeiro e Ponte Preta também aderiram. Havia um estatuto que foi enviado a todos os times das Série A e B com antecedência.

Os documentos também previam uma premissa de uma fórmula de divisão de receitas da Liga. Seriam 40% distribuídos iguais, 30% por premiação e 30% por engajamento. Esse formato, no entanto, teria de ser aprovado dentro da Liga por meio de uma decisão unânime.

Mesmo assim, já gerou uma reação de rejeição anterior à reunião. Os clubes do Forte Futebol —composto por Fortaleza, Ceará, Athletico, Goiás, Juventude, Cuiabá, Coritiba— defendem uma fórmula diferente. Desejam que a distribuição seja de 50%, 25% e 25%. Ainda querem discutir os critérios de engajamento.

Outro ponto de discordância é em relação ao dinheiro destinado à Série B. O documento da Liga de clubes previa que será dada à Série B um total de 15% do dinheiro arrecadado. O movimento Forte Futebol deseja que sejam 20%.

Assim, o movimento Forte Futebol vê como apressada a assinatura da criação da Liga. E vai se reunir para avaliar se irá à reunião marcada pelos outros clubes para a CBF. Os clubes que assinaram o documento da Liga esperam um consenso neste encontro.

Mais uma discussão é sobre a participação da empresa Codajas na montagem da Liga —a empresa tem parceria com o banco BTG. A empresa, que tem como líder Flávio Zveiter, assinou documento para desenvolver a Liga com os quatro grandes de São Paulo e o Flamengo. Só que o movimento Forte Futebol não quer que a Liga já seja criada com um banco de investimento definido.