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Mattos: Galo do equilíbrio conquista Brasileiro em cinco minutos de loucura
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O título brasileiro do Atlético-MG é fruto de consistência rodada a rodada, de um equilíbrio entre defesa e ataque, de uma campanha dominadora como mandante. Mas a partida decisiva foi o contrário deste quadro: uma virada avassaladora em cinco minutos avassaladora após 2x0. Um período tão curto comparado ao jejum de 50 anos encerrado com o terceiro gol de Keno.
A partida se iniciou encrespada, como tem sido a maioria das partidas do Atlético-MG. Ameaçado de rebaixamento, o Bahia atuava fechado à espera de contra-ataques, como é a características dos times de Guto Ferreira. Foi um primeiro tempo de poucas chances: uma com Nacho para os atleticanos, outro com Rodriguinho para os baianos.
Era um jogo mais tenso do que exuberante. Um nervosismo palpável no canto temeroso da torcida do Bahia, e na ansiedade do Atlético-MG.
De nada adiantava ao time baiano, no entanto, ficar esperando a morte chegar. E o time se expôs mais no segundo tempo, tanto em jogadas pelo alto quanto em velocidade.
Uma bela cabeçada de Luiz Otávio, com um movimento de corpo difícil, colocou a bola no ângulo de Everson. Não demorou muito tempo para Gilberto aproveitar o cruzamento de Matheus Bahia para dentro da meta atleticana. O título, que era dado como certo, parecia que seria adiado.
O técnico Cuca mexeu no time incluindo Sasha no jogo. Era uma tentativa de ir para cima. Na sequência, ele sofreu pênalti de Luiz Otávio que o derrubou na entrada da área. Hulk descontou.
Aí veio o recital de Keno. Ele entrou driblando pela esquerda no minuto seguinte para empatar. Mais adiante, acertou um belo chute de fora da área para desempatar.
A equipe com a melhor defesa do Brasileiro ganhava o título com seu ataque. Em cinco minutos. E lá se foram 50 anos de jejum.
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