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Premier League ganha mais com TV só nos EUA do que Brasileiro inteiro
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A Premier League assinou um novo contrato de direitos de TV com NBC para o mercado norte-americano. O contrato gera um total de US$ 2,7 bilhões (R$ 15 bilhões) por seis anos. O valor anual vai superar com larga vantagem todo o valor dos direitos do Brasileiro.
O mercado norte-americano gera as maiores receitas para venda de campeonatos no exterior. Isso vale para Copa do Mundo, Copa América, Euro, etc. O valor de cada competição nos EUA, portanto, é uma referência sobre a arrecadação e a posição de cada liga.
Assim, a Premier League abriu um abismo financeiro entre seus principais concorrentes como a Bundesliga, La Liga e a Italiana Série A. Essa diferença já era grande por conta dos contratos domésticos e em outras praças internacionais. Mas o novo acordo surpreendeu pelo aumento da distância que vai impactar na montagem de times.
A NBC era a casa da Premier League nos EUA desde 2013. O novo acordo, no entanto, mais do que dobra o montante pago pela competição. Serão R$ 2,5 bilhões por ano.
Como comparação, o Brasileiro vale no país em torno de R$ 1,7 e 1,8 bilhão para os clubes nacionais. A Globo é a única compradora de direitos em 2022 no momento - há direitos em aberto. Esse montante é referente ao valor pago pelos direitos de TV Aberta e Fechada, em torno de R$ 1,1 bilhão, e um percentual do pay-per-view destino aos times. A venda internacional gera mais R$ 2 milhões por times, isto é, R$ 40 milhões por ano.
O campeonato brasileiro está entre os dez mais valiosos do mundo, provavelmente na sexta posição atrás das ligas europeias.
Em comparação com outras ligas, a La Liga fechou um acordo de oito anos pelos seus direitos nos EUA: foram US$ 1,4 bilhão (R$ 7,85 bilhões). Ou seja, terá direito a em torno de R$ 1 bilhão por ano para exibição de seus jogos na ESPN. Assim, seu valor é menos da metade do que a Premier League.
Os números atuais da liga inglesa são explicados por uma estratégia de longo prazo desde a sua estruturação na década de 90. O campeonato é mais competitivo e equilibrado, tem gramados melhores, produção de primeira linha e foi atraindo os atletas mais estelares com o tempo pela maior receita dos clubes.
Com o novo acordo, os times ingleses terão ainda mais vantagens competitivas em relação ao restante do mundo. Na comparação com o Brasil, em que distância já era grande, resta saber se a atual iniciativa de estruturar uma liga nacional dará certo. Só assim o país poderia reduzir a disparidade atual para os mercados europeus, e especialmente para o inglês.
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