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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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Grêmio tem pior receita na Libertadores em 5 anos após queda com Renato

Eliminação gera perda para o Grêmio - Divulgação / Conmebol
Eliminação gera perda para o Grêmio Imagem: Divulgação / Conmebol

16/04/2021 04h00

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Ao ser eliminado da pre-Libertadores, o Grêmio optou pela rescisão do contrato do técnico Renato Gaúcho que estava há cinco anos no time. Foi do treinador a opção por abandonar o Brasileiro em favor das Copas o que levou a uma perda da vaga direta nos grupos. Isso levou o clube a ter a sua pior receita na competição em cinco anos.

O tricolor gaúcho é uma presença constante na Libertadores tendo participado das edições dos cinco anos. Houve crescimento da premiação do campeonato durante o período o que elevou as receitas de premiação e participação. Além disso, o aumento do dólar tornaram ainda mais atrativas as cotas.

Para se ter ideia, o Grêmio ganhou R$ 33,9 milhões com a Libertadores em 2020 apesar de eliminado nas quartas-de-final. No ano anterior, quando caiu nas semifinais, tinha ficado com R$ 27,8 milhões. Ou seja, em contexto parecido ao atual, a agremiação levava uma média de R$ 30 milhões com o principal torneio sul-americano.

Em anos anteriores, com o dólar e premiações mais baixos, o tricolor gaúcho levou R$ 17,5 milhões (2018) e R$ 14,6 milhões (2017).

Na atual temporada, se tivesse na fase de grupos, o Grêmio teria pelo menos garantido uma cota similar a essas duas temporadas. A Conmebol para US$ 3 milhões (R$ 16,8 milhões) pelos jogos desta fase. Como faz o orçamento de forma conservadora, a diretoria tricolor não incluiu isso nas suas previsões de receitas: está estimado como zero o valor em prêmios.

O Grêmio ficou cinco pontos atrás do Fluminense na tabela do Brasileiro. Durante boa tarde da competição, Renato optou pelo uso de reservas para popular a equipe para jogos da Copa do Brasil e da própria Libertadores. Isso só foi mudado após a eliminação da competição sul-americana.

Sem a fase de grupos da Libertadores, o Grêmio ganhou apenas US$ 1,05 milhão (R$ 5,6 milhões) com a competição, dinheiro que a Conmebol paga pelas duas fases preliminares. Ou seja, houve uma perda cerca de pelo menos R$ 11 milhões por chegar à fase eliminatória.

Embora não preveja no orçamento as premiações, o Grêmio sempre turbina suas receitas com as passagens de fase na Copa do Brasil e Libertadores. O clube conseguiu superávit no ano passado, mesmo em um ano de dificuldade, também por conta disso.

A estratégia de abandonar o Brasileiro, ironicamente, atrapalhou essa estratégia. Há de se ressaltar que essa estratégia de priorizar as Copas era uma opção de Renato referendada pela diretoria gremista. O próprio Romildo BOlzan já deixou claro seu apoio. A ver se o clube vai mudar de tática agora com a saída do antes seu longevo treinador.