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Rodrigo Mattos

Como Flamengo lida com prejuízo financeiro de troca de Dome por Rogério

Rogério Ceni é apresentado como novo técnico do Flamengo - Alexandre Vidal / Flamengo
Rogério Ceni é apresentado como novo técnico do Flamengo Imagem: Alexandre Vidal / Flamengo

11/11/2020 04h00

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Quando Jorge Jesus optou pelo Benfica, o Flamengo perdeu seu técnico vencedor, mas teve uma economia de dinheiro. Quando a diretoria do clube decidiu pela demissão de Domènec Torrent, criou uma conta extra para o clube pagar pela rescisão em ano difícil. A questão é que o clube trabalha para minimizar essa perda e entendeu que a permanência do espanhol poderia gerar maior buraco pelo mau desempenho.

Domènec ganhava menos do que Jesus. O custo da comissão técnica espanhola representava em torno de metade do que era pago a Jesus que recebia em torno de 3,5 milhões de euros. Além disso, o Flamengo recebeu uma multa paga pelo Benfica na saída do técnico português.

A questão é que o contrato de Domènec previa que teria de ser pago todo restante do compromisso no caso de rescisão. Essa informação foi publicada inicialmente pela ESPN e confirmada pelo blog. Como o contrato ia até janeiro de 2022, o Flamengo deve teoricamente para Domènec pouco menos de 2 milhões de euros.

"É evidente que a gente terá um gasto a mais. A gente ainda está analisando. Essa parte financeira vai ter resposta", afirmou o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, em coletiva de apresentação de Rogério. Ele disse que o diretor de futebol, Bruno Spindel, e o departamento financeiro iriam tratar do assunto.

A cúpula do clube espera negociar uma redução ou parcelamento do valor integral. O movimento é também para jogar o pagamento para o próximo ano.

O prejuízo causado pela saída de Domènec foi discutido quando se decidiu pela sua saída. A questão é que se avaliou que o perda técnica, que também tem impacto financeiro, poderia ser maior com a sua permanência. A classificação para as semifinais da Copa do Brasil, por exemplo, vale R$ 7 milhões, cota dos semifinalistas.

Outro peso na decisão é que o clube já monitorava o desempenho de Rogério Ceni e entendia que era um técnico acessível para ser contratado. Ou seja, demitiu já sabendo qual seria o alvo e como seria resolvido o comando técnico do time.