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Rodrigo Mattos

Cruzeiro é excluído do Profut e será cobrado por dívida de R$ 303 milhões

Fachada da Toca da Raposa II, centro de treinamento do Cruzeiro - Guilherme Piu
Fachada da Toca da Raposa II, centro de treinamento do Cruzeiro Imagem: Guilherme Piu

08/10/2020 16h21

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A Apfut (órgão de governança do futebol) decidiu em segunda instância pela exclusão do Cruzeiro do Profut, programa federal de refinanciamento das dívidas fiscais. Com isso, o clube passa a estar sujeito a execuções fiscais imediatas de dívidas de R$ 303 milhões que tem com a procuradoria geral da Fazenda.

O organismo já tinha decidido pela exclusão do Cruzeiro do programa por atrasos em pagamentos dos débitos. Houve possibilidade de recurso que foi feito pela nova gestão do presidente cruzeirense, Sergio Rodrigues. Mas, nesta quinta-feira, a Apfut manteve a decisão de exclusão por votação de 6 a 4, como informou primeiro o jornal "O Globo".

Isso significa que as dívidas fiscais do Cruzeiro passam a ter vencimento imediato. Dentro do Profut, seriam pagas em parcelas mensais a longo prazo, inclusive as quitações estão suspensas para outros clubes por conta da pandemia do coronavírus.

Na página da Procuradoria Geral da Fazenda, está registrado um total de R$ 303 milhões em dívidas fiscais do Cruzeiro. São 43 registros diferentes de débitos. A procuradoria agora pode dar sequÊncia a ações de cobranças de todas essas dívidas.

O Blog procurou a diretoria do Cruzeiro para saber o que fará nesta situação, mas ainda não recebeu resposta.Em nota, o clube se manifestou:

"Confirmamos que a APFUT decidiu por placar apertado (6x4), em assembleia no dia de hoje, manter a decisão que remete à Secretaria da Fazenda a comunicação que o Cruzeiro se mantém excluído do PROFUT, por não cumprir os requisitos e metas estipulados. O Cruzeiro, inclusive, confirma que nunca cumpriu os requisitos, de 2015 a 2019, período analisado no julgamento.

Ainda sobre a decisão, mesmo que fosse positiva, não mudaria em nada a situação jurídica ou implicaria na volta do Clube ao PROFUT, já que nos encontramos excluídos por decisão da Receita Federal, o que é objeto de ação judicial. Essa decisão versa sobre os anos de 2015 a 2019.

Mesmo lamentando a decisão, porque acreditava que a nova realidade pudesse permitir uma segunda chance e entendendo que a mesma não versa sobre a atual gestão, o Clube continuará trabalhando firme para a reinclusão no PROFUT e também permanecerá em negociações com a Fazenda Nacional para a resolução das suas dívidas."