Após renegar Jesus, Dome apresenta a cara do seu Flamengo
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Quando assumiu o Flamengo, Domènec prometera adaptar o time aos poucos o time ao seu estilo sem destruir o que fizera Jorge Jesus. Não foi o que se viu, fez mudanças drásticas e por isso foi criticado. Passados um terço do Brasileiro, uma crise de Covid, garotos, desfalques, o técnico tem desenhada a cara do que será o seu time como se viu no Sport.
Há diferenças marcantes entre os modelos de jogos dos dois técnicos. O estilo de Jesus era francamente vertical, com marcação pressão em boa parte do jogo, linha de defesa avançada, troca de posições. E também havia um preferência de criar com seus meias pela faixa central.
Como é o estilo de Guardiola, de quem foi auxiliar, Domènec gosta de jogadores bem abertos posicionados de forma mais fixa em um setor, um pela direta e outro pela esquerda. Tentou com dois pontas típicos, como Vitinho, Pedro Rocha e Bruno Henrique? não funcionou.
Mas, quando ele usa um jogador mais armador pela ponta direita, o sistema passa a fluir melhor. Foi assim diante do Athletico quando Everton Ribeiro entrou no lugar de Vitinho e passou a criar por ali. E foi assim quando Gerson jogou no mesmo setor e foi o regente diante do Sport. Armadores, podem se movimentar para o meio e dar o corredor para Isla avançar até o fundo.
Não que tudo já tenha sido ajustado. O primeiro tempo lento deixou confortável a defesa armada em duas linhas por Jair Ventura no primeiro tempo. Era uma equipe absolutamente previsível que só concluiu uma vez a gol.
Para jogar com atletas em zonas fixas, o Flamengo precisa acrescentar elementos de imprevisibilidade. Foi o que ocorreu no primeiro gol de Pedro quando o time fez duas viradas de jogo rápidas que encontrou Bruno Henrique na área para encostar para gol de Pedro. A girada pega a defesa desprevenida, e é uma arma comum neste tipo de jogo.
Outra característica é que Domènec opta por uma marcação menos avançada neste primeiro momento. Até porque o time ainda parecia sem fôlego para exercer esse tipo de jogo. Desta forma, a equipe tem sido bem menos exposta do que quando marcava muito na frente nos primeiros jogo de Dome. Sofreu um gol em três jogos.
Não é um Flamengo pronto, longe disso. É um time inconstante que joga um tempo lento e outro bom. Há ainda erros de recomposição, falta pressão após a perda da bola.
É inegável, no entanto, que há uma evolução dentro da proposta de Dome. Por coerência, se atribuímos os desastre pós Jesus a conta do treinador (e não era o único culpado), é preciso dar a ele os méritos pela melhora coletiva do Flamengo.
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