Dorival não dá mais. É hora de estrangeiro: Ancelotti, Jorge Jesus ou Abel
O tempo de ter paciência com o trabalho de Dorival Jr. à frente da seleção brasileira acabou. Ele não consegue nem sequer esboçar um time que permita disputar a próxima Copa do Mundo com uma mínima esperança de título.
Jogo após jogo é uma decepção atrás da outra. Contra a Argentina, campeã mundial, o baile chegou a dar pena - e medo. Mesmo sem Lionel Messi e Lautaro Martínez, os comandados de Scaloni pintaram e bordaram no gramado do Monumental de Núñez. Pareciam enfrentar um adversário amador.
Era mais ou menos isso, pois só um incrível amadorismo justifica a anunciada intenção de Dorival de perder tempo preparando a equipe "em torno de Neymar" - que sequer jogara pelo Santos a partida mais importante que teve desde a sua volta, contra o Corinthians, por uma contusão com a qual mal se preocupara, vide Carnaval, festinhas e por aí vai.
Esperar que Neymar seja a solução dos muitos problemas que a seleção brasileira tem hoje em dia equivale a botar o sapatinho na janela, à espera do presente do Papai Noel, ou procurar pela casa ovinhos do coelhinho de Páscoa. Mais que ingenuidade, uma baita infantilidade.
Dorival convoca mal, escala pior e tem má vontade com os jovens brasileiros mais talentosos, como Endrick e Estêvão. É refém de jogadores que brilham na Europa, como Rodrigo, Raphinha e Vini Jr., mas não consegue fazer que nenhum deles apresente, na seleção, 10% do que jogam em seus clubes. De quem é a culpa?
O Brasil precisa de um treinador estrangeiro para evoluir, como aconteceu com o futebol jogado aqui. Ancelotti teria sido um golaço (quem sabe ainda não pode ser?) e Jorge Jesus nunca escondeu que dirigir a nossa seleção numa Copa é seu grande sonho. Há ainda Abel Ferreira, há quatro anos doutrinando por aqui. Qualquer um deles representaria enorme evolução.
Em tempo: quem sugere Filipe Luís, que ainda não tem nem seis meses de trabalho nos profissionais, na verdade, não quer o bem da seleção brasileira, mas o mal do Flamengo. Nada mais claro. Tenham vergonha na cara.
Opinião
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