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Flamengo se classifica, mas irrita torcida com atuação covarde e medonha

Em seus quase 130 anos de história, o Flamengo nunca foi um time covarde. Cansei-me de ver os rubro-negros, com equipes muito mais fracas que seus adversários, buscar sempre o ataque e lutar pela vitória até o fim. Por isso, até quando derrotados mereciam o respeito de sua imensa torcida.

Não foi o que aconteceu na classificação dramática e sofrível, diante do Palmeiras, no Allianz Park. Batido por 1 a 0, o Fla garantiu a vaga graças ao triunfo por 2 a 0, no Maracanã. Mas nem a tentativa de justificar desempenho tão medonho com o clichê de "jogar com o regulamento debaixo do braço" serve para atenuar o horror que se viu em campo.

Medroso desde a escalação inicial, quando optou pelo péssimo Allan para o lugar de De La Cruz (embora Gerson tenha jogado uma barbaridade na função, durante a "travessia do deserto"), Tite, após um primeiro tempo patético, desandou a empilhar zagueiros, usando e abusando ainda mais da "tática" (se é que se pode chamar assim) de chutões pra frente, na vã esperança de que uma bola vadia sobrasse para Pedro.

Um desastre que só não foi completo porque um impedimento milimétrico anulou o segundo gol palmeirense, novamente em bola aérea sobre a área (não era essa a especialidade do filho do treinador?). Em sua obsessão defensiva, Tite conseguiu uma proeza. Fazer a maior parte dos torcedores ir para a cama enfurecidos, apesar da classificação.

Flamengo e covardia não combinam. E a do técnico foi tão grande que nem sequer teve a coragem de ir à entrevista coletiva, após a partida, para tentar explicar o inexplicável: como ousa tornar o rubro-negro um time medíocre e medroso.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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