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Esfacelado, Flamengo busca empate heroico e evita derrota injusta

Não bastassem os cinco que estão na Copa América e outros tantos contundidos, o Flamengo teve um gol anulado de Gabriel, em decisão polêmica, e um pênalti contra, aos 44 minutos do segundo tempo, após revisão do VAR em bola que bateu no braço de David Luiz. Fernandinho cobrou e fez.

Tudo indicava, então, uma injusta derrota do rubro-negro carioca, em sua segunda etapa da travessia do deserto - a maratona sem seus titulares que disputam a Copa América. Mas o time carioca não se rendeu.

Pedro, de cabeça, obrigou o goleiro Léo Linck a uma defesa monumental e, no último suspiro, outra testada, essa do jovem Éverton Araújo, balançou a rede, garantindo um empate com sabor de vitória.

Diante de tantos desfalques e improvisações é injusto cobrar do Flamengo, nesta odisseia, um futebol à altura do time titular completo. Mas o que a equipe improvisada tem entregado em termos de raça e aplicação tática é digno de aplausos. Léo Ortiz, por exemplo, voltou a jogar muito como volante. A má notícia é que sentiu um problema muscular e teve que sair.

Símbolo da entrega da equipe, o jovem Éverton Araújo entrou em seu lugar e deixou o campo como herói ao marcar o gol de empate, na bacia das almas. Poderá Ortiz jogar contra o Bahia? Se não puder e Allan ainda não estiver recuperado (como demora a se recuperar!), Éverton está a postos.

Fabricio Bruno, que tem jogado no sacrifício, levou o terceiro cartão amarelo, e está suspenso automaticamente. Se Ayrton Lucas não voltar (mais um que está há um tempão no DM de Tannure) e Léo Pereira tiver que continuar improvisado na lateral-esquerda, outro jovem, Cleiton deve ocupar seu lugar.

O Flamengo tinha, na Ligga Arena, dez jovens no banco. Menos mal que todos, desde a base, conhecem um dos mais importantes lemas do clube: Tua glória é lutar! Foi o que o time fez diante do Athletico Paranaense. Por isso não merecia perder. E não perdeu.

A liderança agora é do Botafogo, mas o Flamengo está na sua cola, apenas um ponto atrás. A missão dessa equipe esfacelada pela Copa América é ficar por aí. Quando a cavalaria voltar, como disse Tite, na coletiva do jogo passado será a hora da atropelada.

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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