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Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

A escolha de Sofia de Vitor Pereira

Renato Maurício Prado

28/01/2023 22h01Atualizada em 28/01/2023 22h01

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Perdida a Supercopa, Vitor Pereira tem uma escolha de Sofia a fazer, já pensando no Mundial Interclubes: ou o Flamengo volta a marcar forte, no campo do adversário (como fazia com Jorge Jesus), ou o técnico escala mais um volante no meio-campo, barrando Éverton Ribeiro.

O primeiro tempo preguiçoso do rubro-negro contra o Palmeiras, na decisão da Supercopa do Brasil, foi pavoroso. O segundo, partindo para o ataque, mostrou o que se sabe, desde 2019. Tomando a iniciativa, essa equipe, fatalmente, marcará seus gols. Só não pode levar mais do que faz - e levou porque não jogou bulhufas nos 45 minutos iniciais.

A etapa derradeira, no Mané Garrincha, em Brasília, foi eletrizante. Os gols rubro-negros, assim como os palmeirenses, nasceram de jogadas espetaculares. Um duelo digno do que são essas duas equipes: as melhores do continente e que, muito provavelmente, voltarão a disputar, cabeça a cabeça, os principais títulos do nosso futebol.

Santos falhou no quarto gol? Houve irregularidade no lance? A essa altura pouco importa. Fato é que Abel Ferreira e Vitor Pereira, enfim, tiveram um jogo pra valer, contra um adversário de verdade. Gabriel Menino, por exemplo, mostrou que está pronto para substituir Danilo. E David Luiz, que talvez mereça ser barrado por Fabrício Bruno.

Muito se falou, antes da partida, que o banco de reservas do Flamengo era amplamente superior ao do Palmeiras. Mas o único suplente que entrou e fez diferença foi o lateral Maike, do Verdão. O tão badalado elenco rubro-negro só tem nome, mas nenhum jogador de fato efetivo para entrar e mudar um jogo.

Everton Cebolinha, Arturo Vidal, Matheusinho, o próprio garoto promissor Matheus França, ninguém é capaz de entrar e alterar coisa alguma. Quando ainda era candidato, o vice de futebol do Flamengo Marcos Braz anunciou que, se o time de Dorival ganhasse a Libertadores, contrataria três reforços, sendo um deles, de nível mundial.

Ganhou e quem veio? Somente Gérson, com a contrapartida da saída de João Gomes (que fez muita falta diante do Palmeiras). Bem-feito para quem acreditou em promessa de político...Que, aliás, nem sequer se elegeu.

Em tempo: é bom que Vitor Pereira aprenda que não se tira Arrascaeta do time, a menos que se machuque. Mesmo mal no jogo, como esteve na decisão da Supercopa, ele é capaz de, numa jogada, tirar um coelho da cartola, como tirou no lance que originou o pênalti do primeiro gol.

Em tempo 2, a missão: será que Vitor Pereira sabe jogar beisebol? Perder a Supercopa foi o primeiro strike. O Mundial será o segundo e a Recopa Sul-Americana, o terceiro. Tem que ganhar pelo menos um...