Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Trabalho de Dorival está dando certo. Não há como contestá-lo
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O Menguinho, dessa vez, não jogou bem. Mas a "cavalaria" entrou, no segundo tempo, e a vitória foi conquistada, por um magro 1 a 0, sobre o limitado time do Botafogo. Foram garantidos assim três pontos importantíssimos, que mantiveram o Flamengo na luta pelo título brasileiro, ainda que em posição desconfortável em relação ao líder do Palmeiras - sete pontos entre um e outro, faltando 14 rodadas para o final.
Bem ou mal, é incontestável: a estratégia de Dorival Junior está sendo extremamente bem-sucedida, até agora. O curioso é ver como incomoda tanta gente, que não se conforma que o treinador esteja usando dois times diferentes, no Brasileiro e nas Copas.
Ainda há jornalistas e torcedores reclamando da escalação da equipe B, contra o Palmeiras, quando o Menguinho ganhou o primeiro tempo contra os titulares, descansados, de Abel Ferreira, por 1 a 0. Se o treinador rubro-negro errou, foi em não colocar os titulares, no segundo tempo, antes de sofrer o gol de empate.
Contrariando o que sempre defendeu, no Grêmio, Renato Gaúcho, obrigado pela diretoria, tentou disputar as três competições (Copa do Brasil, Brasileiro e Libertadores) com todos os titulares disponíveis. Acabou perdendo todas elas.
Até discordo de algumas decisões do treinador rubro-negro: insistir com Diego Ribas, por exemplo, me parece uma condenável decisão de não brigar com um dos líderes do elenco. Ele não está jogando mais nada. Nem no time B deveria ter vaga. Para que Erick Pulgar foi contratado?
No geral, entretanto, o trabalho do treinador é excepcional. Ainda mais se comparado com seu catastrófico antecessor, o português Paulo Sousa, disparado, o pior da história rubro-negra. Dorival tem crédito de sobra.
Pode até não ganhar nada, ao final da temporada. Mas tem boas chances na Copa do Brasil e na Libertadores e ainda está vivo no Brasileiro. Como contestar suas escolhas?
Tiros n'água
O Botafogo contratou 10 jogadores na janela de transferências e, exceção feita a Jeffinho, ninguém parece capaz de fazer a diferença. Quem são os responsáveis pelas escolhas dos reforços alvinegros? A sensação que fica é que o dinheiro de John Textor está sendo jogado pela janela.
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