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Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Rei Arturo brilha na goleada do Fla, mas Victor Hugo é a estrela da noite

31/07/2022 02h38Atualizada em 31/07/2022 02h42

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Numa goleada em que Arturo Vidal, de 35 anos, empolgou a torcida do Flamengo e brilhou com um gol de pênalti, uma assistência e um show de técnica, garra e liderança; um jovem carioca de 18 anos, nascido em Bento Ribeiro, conseguiu se destacar ainda mais. A ponto de deixar a impressão de que, mesmo que Oscar não venha, Dorival Júnior pode ter encontrado no elenco um substituto para Arrascaeta. Trata-se de Victor Hugo, arco e flecha na goleada por 4 a 1 sobre o Atlético Goianiense.

O Rei Arturo mostrou que brigará por uma posição de titular no estrelado grupo rubro-negro. Victor Hugo ainda não. Mas se o consagrado chileno veio para viver o seu canto de cisne, no Brasil, o moleque da base do Fla está apenas despontando na carreira. Mais cedo ou mais tarde, acabará na Europa. Até lá, mesmo sem ser titular, pode ser extremamente útil, com seu futebol talentoso e de admirável entrega, tanto na marcação quanto na armação. Uma joia da base. Mais uma.

O misto frio do Flamengo (apenas Santos, da equipe titular, começou jogando) atropelou os titulares do Atlético Goianiense que, dias atrás, derrotou de forma inapelável o Corinthians, na Copa do Brasil. Isso quer dizer que o rubro-negro é franco-favorito no duelo com o Timão, nas quartas-de-final da Libertadores? Não. Mas, sim, o começo de trabalho de Dorival é excelente e permite que os rubro-negros sonhem com os títulos da Copa do Brasil e da Libertadores.

O Brasileiro virou uma meta distante graças ao catastrófico trabalho de Paulo Sousa, que em dez jogos no campeonato, conseguiu apenas três vitórias. No mesmo número de partidas, Dorival colecionou sete triunfos. A distância de nove pontos para o Palmeiras, entretanto, parece quase intransponível. Principalmente pela consistência da equipe de Abel Ferreira, que perdeu até agora apenas duas vezes.

O Flamengo somou 12 pontos nos últimos quatros jogos, numa sequência favorável (Coritiba, Juventude, Avaí e Atlético Goianiense). Agora, em meio aos jogos de mata-mata pela Libertadores e pela Copa do Brasil, os adversários serão o São Paulo (fora), o Athletico Paranaense (em casa) e o Palmeiras (fora). Parada bem mais complicada.

Alguns otimistas ainda acreditam que dá para brigar pelos três títulos, já que a janela do meio-campo trouxe Cebolinha (que ainda não está jogando o futebol de seus melhores tempos do Grêmio), Arturo Vidal (que dá pinta de ser um baita reforço), Pulgar e Varela (e ainda podem vir Oscar e Brian Rodriguez). Não acredito nisso.

Mas o Flamengo de Dorival permite sonhar. E, acima de tudo, devolveu ao torcedor o prazer de ver seu time de coração jogar. Coisa que o catastrófico Paulo Sousa sonegara aos rubro-negros. Como tanta gente (inclusive o presidente Rodolfo Landim e o vice Marcos Braz) foi capaz de defende-lo por tanto tempo?