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Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

No Atlético Mineiro, o sebastianismo venceu

Renato Maurício Prado

22/07/2022 23h03

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Ao contrário do Flamengo, que por se sentir traído por Jorge Jesus, não aceitou a sua volta, nem mesmo quando ele se mostrou disponível e o trabalho de Paulo Sousa já era evidentemente um desastre; o Atlético Mineiro não pensou duas vezes e foi atrás de Cuca, após demitir Turco Mohamed, que o sucedera, no início do ano. Em Minas, o sebastianismo venceu. Se vai dar certo, só o restante da temporada dirá. Mas, conhecendo como conhece o elenco atual, que está até mais forte, eu diria que as chances de sucesso parecem boas.

Terceiro colocado no Brasileiro (apenas quatro pontos atrás do líder), e com um confronto direto contra o Palmeiras, nas quartas-de-final da Libertadores, Cuca sabe que precisará devolver rapidamente ao Atlético Mineiro a força, o padrão de jogo e a eficiência da temporada passada, quando ganhou o Brasileiro e a Copa do Brasil e só caiu nas semifinais da Libertadores, pelo critério de gol fora de casa (abolido este ano).

Embora o Flamengo de Jorge Jesus tenha sido o time mais espetacular e revolucionário das últimas décadas no futebol brasileiro, o Atlético de Cuca esteve até mais perto de conquistar a Tríplice Coroa de Ouro (Copa do Brasil, Brasileiro e Libertadores), algo que até hoje ninguém conseguiu.

Se a volta de Cuca devolver à equipe atleticana aquele elã e aquela eficiência impressionantes do ano passado, o Palmeiras que já vinha despontando como grande favorito do Brasileiro, voltará a ter um adversário à altura. Inclusive na Libertadores.

Apesar do bom trabalho que Dorival Júnior vem fazendo no Flamengo, é uma pena que os cartolas rubro-negros tenham esnobado Jorge Jesus. Seria sensacional ver o confronto direto dos três treinadores mais vitoriosos dos últimos anos, à frente dos elencos mais fortes do Brasil. Abel Ferreira, Jorge Jesus e Cuca.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL