Topo

Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

No sorteio mais caótico de todos os tempos, Flamengo se deu mal

19/07/2022 14h56Atualizada em 19/07/2022 17h05

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A CBF sempre consegue se superar. Que sorteio caótico, confuso e mal explicado, o da Copa do Brasil. Incompreensível do início ao fim. A parte que definiu os mandos de campo, então, meu Deus do Céu! Qual o sentido em sortear os mandos de dois em dois, naquele atrapalhado critério de número par ou ímpar? Qual o critério da colocação dos times nas chaves? E dentro delas?

Custava ter numerado todas as posições na chave, que deveria ter sido mostrada antes da retirada das bolinhas? Era tão difícil manter o chaveamento na tela, à medida que os times iam sendo sorteados e colocados em suas respectivas posições?

Por que não sortear os mandos de campo jogo a jogo? Seria muito mais compreensível, emocionante e transparente. Do jeito que foi feito resultou num desastre absoluto. De longe, o pior sorteio que vi em 46 anos de carreira. E, por fim, qual a explicação para a entrada relâmpago do Jairzinho? Já que subiu ao palco, poderia, ao menos ter sorteado alguma coisa. Constrangedor.

Ao final de tamanho desastre, restaram, enfim, os confrontos. E, sem dúvida, o Flamengo foi o menos afortunado. Pegará, nas quartas, aquele que sempre considerei o adversário mais perigoso para o rubro-negro carioca: o Athletico Paranaense, de Felipão. E ainda fará o segundo jogo no sempre complicado gramado sintético da Arena da Baixada. Pior, impossível. Inclusive porque, em princípio, não teria o Maracanã no jogo de ida.

São Paulo e Corinthians enfrentam, na teoria, os adversários menos complicados, respectivamente, Atlético Goianiense e América Mineiro. Ao Fluminense coube o Fortaleza, sempre perigoso, apesar da má colocação no Brasileiro. O possível Fla-Flu, portanto, somente pode acontecer numa eventual final. Bem como o clássico paulista, entre São Paulo e Corinthians. Em compensação, há boas chances de um mini Rio-São Paulo, nas semifinais, com Fluminense x Corinthians e Flamengo x São Paulo.

Não custa lembrar, entretanto, que essa competição já teve como campeões os pequenos Santo André e Paulista (batendo nas finais Flamengo e Fluminense)! Favoritismo é uma coisa, quando a bola rola, pode ser outra.

Derrotada, por enquanto, somente a CBF, que conseguiu a proeza de realizar o mais bagunçado, desconexo e calamitoso sorteio de todos os tempos. Um vexame colossal! Pior, impossível.