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Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

RMP: Michael não pode sair do time. Se vira, Renato!

14/11/2021 22h33Atualizada em 14/11/2021 22h36

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Os maldosos dizem que foi o melhor jogo do Flamengo com Rogério Ceni à beira do campo. Gozações à parte, foi mesmo uma grande atuação rubro-negra no Morumbi. Liquidou a partida com dois gols em menos de dez minutos. E quando Calleri acabou corretamente expulso, após entrada criminosa em David Luiz, restava apenas saber de quanto seria a goleada. O placar final terminou em 4 a 0. Mas poderia ter sido maior, tamanha a superioridade do time de Renato Gaúcho sobre o de Rogério Ceni.

Um resultado e um desempenho dignos de devolver ao Mais Querido a confiança e a empolgação necessárias para o único jogo que interessa até o fim da temporada: a decisão da Libertadores, no próximo dia 27, no Estádio Centenário, em Montevidéu - palco da primeira conquista continental do Flamengo, em 1981.

Aquele início esfuziante, marcando furiosamente a saída de bola do São Paulo, tão logo o juiz apitou o início da partida, teve a cara dos melhores momentos sob o comando de Jorge Jesus. E é injusto não dar a Renato Gaúcho o crédito por tal postura. É óbvio que tal instrução veio do vestiário. E deu muito certo.

A formação com Éverton Ribeiro lugar no de Arrascaeta e Gabigol, mais pela direita, Bruno Henrique, centralizado, e Michael, pela esquerda, deixava dúvidas quanto a um meio-campo mais frágil, que poderia permitir a evolução dos volantes e armadores do São Paulo, em maior número. Mas o ataque avassalador do Fla se impôs e inverteu a lógica.

O Chuck, brinquedo assassino, como gosta de chamá-lo a torcida do Flamengo, está voando. Seu momento é exuberante. Encantador. Como tirá-lo do time titular na final da Libertadores? Ele é o artilheiro absoluto do Campeonato Brasileiro, neste momento. E esta é a grande questão. Éverton Ribeiro voltou a jogar bem, no Morumbi. Sim. Qual deve ser a escolha de Renato Gaúcho?

Abel Ferreira não tem feito outra coisa senão estudar seu adversário naquela que será a partida mais importante da temporada, no continente. Com certeza, pensa no time rubro-negro com os seus quatro "avançados", como os chamava Jorge Jesus: Arrascaeta, Éverton Ribeiro, Gabigol e Bruno Henrique.

Michael é a peça que pode desarrumar, bagunçar este quebra-cabeças. Não há a menor dúvida: nas últimas partidas, ele está jogando mais que Éverton, Gabigol e Bruno Henrique. E agora? O que você faria? Eu não o barraria.

Em tempo: Ceni "inventou" um zagueiro, Diego Costa, como lateral, para marcar Michael. Mais uma invenção digna de um professor Pardal, uma daquelas improvisações "autorais". Um desastre. O Chuck deitou e rolou. Mas tem muita gente que ainda o considera melhor taticamente que Renato Portaluppi. Tá bom..

O maior de todos

Nada, rigorosamente nada foi maior, no esporte mundial, nesse último final de semana, do que o que fez Lewis Hamilton, no GP do São Paulo. Penalizado, por uma irregularidade de milímetros na asa traseira, após fazer a pole, largou em último na corrida sprint. E acabou em quinto, fazendo 15 ultrapassagens.

Novamente punido, por trocar o motor, largou em décimo, e venceu de forma espetacular, protagonizando duelos espetaculares, o maior deles com Max Verstappen, que foi desleal duas vezes (quando o jogou para fora da pista, ao ser ultrapassado, pela primeira vez, e ao fazer ziguezague na reta, para evitar o vácuo, na segunda).

A cereja do bolo, porém, foi pegar uma bandeira brasileira e reviver Ayrton Senna, seu ídolo maior, na volta da vitória e no pódio. Interlagos foi ao delírio e chorou. Que dia, senhores! Que dia! Lewis Hamilton é um monstro! O maior de todos os tempos.