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Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

RMP: Erro do juiz facilita vitória dos reservas do Flamengo

11/11/2021 23h47Atualizada em 11/11/2021 23h47

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Prejudicado pela arbitragem algumas vezes, enquanto ainda lutava pelo título brasileiro, o Flamengo acabou beneficiado por um erro crasso do juiz Vinícius Gonçalves, quando já não tem mais possibilidades reais de chegar ao tricampeonato consecutivo da competição. O pênalti marcado contra o Bahia (e inacreditavelmente mantido após revisão no VAR), num lance em que a bola claramente bateu no ombro do zagueiro Conti, abriu o caminho para uma vitória tranquila por 3 a 0.

Mais importante que o triunfo, porém, foi o fato de o rubro-negro carioca ter aproveitado a oportunidade para poupar a maioria de seus titulares. Da escalação que iniciou a partida, apenas três devem começar a final da Libertadores, no próximo dia 27, diante do Palmeiras, no Estádio Centenário, em Montevidéu: David Luiz, Andreas Pereira e Gabigol.

O zagueiro, mesmo sem ter sido muito exigido, mostrou a abissal diferença de categoria entre ele e os atuais defensores do Fla. Joga de fraque e cartola no nível atual do nosso futebol. Só não deu pra entender o porquê de não ter ao seu lado Rodrigo Caio, que deverá ser seu companheiro de zaga na grande final. Eles precisam de entrosamento, mas Renato resolveu poupar o ex-zagueiro do São Paulo. Será que estarão juntos, no próximo final de semana, no Morumbi? Seria de bom tom.

O posicionamento de Andreas Pereira também revelou mais uma incoerência do treinador. O jogador do Manchester United já disse que sua posição preferia é a de segundo volante. Esta deverá ser a sua posição na equipe quando Arrascaeta retornar ao time. Mas, sabe-se lá por que, Renato insistiu, uma vez mais, em escalá-lo com terceiro homem do meio-campo, onde, sabidamente, não rende tão bem. Isso usando, novamente, Diego que na maior parte de sua carreira foi meia...

Diego, aliás, teve outra péssima atuação - a terceira consecutiva. Como segundo volante, perdeu a bola várias vezes, armando contra-ataques do Bahia e acabou infantilmente expulso, após levar cotovelada desleal e covarde de Rossi (que acabara de entrar) e reagir enforcando o rival diante do bandeirinha e do juiz! Como um jogador de 36 anos pode ser tão juvenil? Pois foi justificando o cartão vermelho que recebeu.

Gabigol, por sua vez, chegou ao centésimo gol em sua história no Flamengo, marca extraordinária em menos de três anos no clube, mas teve atuação opaca, que comprova a má forma física e técnica que atravessa. Será reflexo de noitadas, como a registrada às 3 horas da madrugada, ao lado da filha de Renato, Carol Portaluppi? Fora o pênalti, como de hábito, muito bem batido, errou praticamente tudo que tentou. Chegou a furar, quase em cima da linha, uma bola preciosa, que Vitinho cruzou e já tinha passado pelo goleiro!

Jogaram bem Thiago Maia (excelente atuação, como primeiro volante) e Vitinho, quando passou a atuar pela direita, com a entrada de Michael, no lugar de Kenedy, que nem deveria ter sido escalado, pois, no aquecimento, já sentia claramente o tornozelo. O "Chuck", aliás, comprovou sua condição de artilheiro, balançando a rede mais uma vez, no segundo gol.

Andreas fez um lindo tento, o terceiro, mas precisa voltar a jogar em sua verdadeira posição. Contra o São Paulo, de Rogério Ceni (olha a motivação extra aí), pode ser que Renato escale mais titulares. Mas o time completo, com Arrascaeta e Filipe Luís, só deverá reaparecer contra o Corinthians, na rodada seguinte, no Maracanã.

Depois disto, há dois jogos: Internacional e Grêmio, ambos no Sul. Será que Renato usará força máxima nestas duas partidas que antecedem ao jogo do ano para os rubro-negros, diante do Palmeiras? A conferir. A vitória contra o Bahia tornou o ambiente mais leve, na Gávea e no Ninho do Urubu. Mas o Flamengo ainda precisa evoluir muito mais para chegar ao Centenário em condições de conquistar o tricampeonato da Libertadores.

Brasil na Copa

Com uma vitória sem graça, por 1 a 0, sobre a Colômbia, na Neo Química Arena, a seleção brasileira carimbou seu passaporte para a Copa do Catar, no ano que vem. Mas jogando essa bolinha murcha, é difícil crer que tenha chances reais de conquistar o sexto título mundial na Copa do Mundo. Faz tempo que as eliminatórias sul-americanas se tornaram um baita Me Engana Que Eu Gosto. E o desempenho do time de Tite, comparado com as principais seleções europeias, é risível.