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RMP: Brasileiro é canto de sereia. Foco do Fla tem de ser a Libertadores
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A vitória sobre o Atlético Mineiro encerrou uma preocupante sequência de quatro jogos muito ruins do Flamengo e salvou a pele de Renato Gaúcho. Entretanto, pensar ainda no título brasileiro, forçando o time titular, numa alucinada sequência de jogos até a decisão da Libertadores, no próximo dia 27, será uma insensatez. O foco dos rubro-negros, a partir de agora, tem de ser a partida mais importante da temporada continental, que será disputada no Estádio Centenário, em Montevidéu..
Se o Flamengo conquistar o seu terceiro título da Libertadores, todo o mais será esquecido. A temporada estará salva. E a boa notícia na batalha do Maracanã, onde houve muita luta e pouca técnica, de ambos os lados, foi a comovente entrega dos jogadores do time carioca. Jogaram com uma raça digna da camisa que vestem e que não se via há muito tempo. Jogaram por Renato. E isso pode ser um combustível importante na reta final de uma disputa tão importante.
O maior adversário da equipe até lá é a assustadora série de contusões que assola o elenco: 14 em apenas em outubro! Praticamente uma a cada dois dias! Exceção feita a Diego Alves (trauma no pé), Gabigol (entorse de tornozelo) e Pedro (lesão no menisco, que demorou 12 dias para ser diagnosticada), todas musculares. Muitas recidivas, o que indica de forma inequívoca sérias deficiências no departamento médico, no setor de preparação física e no de fisioterapia.
Diante de tamanho caos torna-se ainda mais irresponsável pensar em forçar todos os titulares disponíveis na maratona que vem pela frente no Brasileiro, até à final da Libertadores. Ainda mais quando é evidente que alguns deles, como Éverton Ribeiro, se encontram em má forma física e técnica. É hora de preservar os mais desgastados e lhes dar o condicionamento necessário para o confronto final com o Palmeiras.
O Flamengo não pode se deixar levar pelo canto de sereia das chances matemáticas que ainda tem no Brasileiro, autêntico sonho impossível de uma noite de verão, apesar da vitória sobre o líder, no Maracanã.
Se tivesse vencido os jogos com o Cuiabá e o Fluminense (adversários indiscutivelmente mais fracos), o time de Renato Gaúcho estaria agora a apenas cinco pontos do Atlético Mineiro. Em condições, portanto, de assumir a liderança, se ganhasse dois dos três jogos atrasados. Mas empatou um e perdeu (feio) o outro. E aí se foi o tricampeonato consecutivo do Brasileiro.
Agora, se não quiser acabar o ano de mãos abanando, Renato Gaúcho tem que fazer, sim, como no Grêmio, e pensar apenas na Libertadores. Única forma de tentar reconquistar a torcida, que adoraria vê-lo trocado por um técnico estrangeiro em 2022.
Aprendeu, Gaúcho?
Ramon fez um partidaço contra o Atlético Mineiro, demonstrando o absurdo que era preteri-lo pelo limitado Renê. Andreas Pereira, mesmo sem ser brilhante, também mostrou que rende muito mais em sua verdadeira posição: segundo volante. E Michael segue sendo o jogador rubro-negro em melhor momento no time. Já o Gabigol... Que péssima fase!
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