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Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

RMP: Raphinha e Antony podem até tornar a seleção um bom time

14/10/2021 23h35Atualizada em 15/10/2021 00h06

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As eliminatórias sul-americanas são a nova versão dos campeonatos estaduais; autênticos Me Engana Que Eu Gosto. A seleção uruguaia, por exemplo, é uma das mais fracas dos últimos anos. Envelhecida e taticamente ultrapassada é um desastre indigno dos áureos tempos da
Celeste Olímpica. Se for à Copa será para passar vexame. Apesar disso, algo de bom pode se tirar da fácil vitória do Brasil por 4 a 1, em Manaus - resultado que praticamente carimbou o passaporte da seleção de Tite para o Mundial do Catar.

Neymar, por exemplo, voltou a jogar muito bem. E quando isso acontece todo o time cresce de produção. Até os corredores de mármore da luxuosa sede da CBF sabem que a base do esquema do empolado treinador é "bola no Neymar" e ele que construa as jogadas ofensivas e marque os gols, ou dê assistências, como fez com maestria diante dos uruguaios.

Dois jovens, porém, vêm garantindo um sopro de renovação e esperança na equipe brasileira. Raphinha, tornado titular e autor de dois gols e de várias outras boas jogadas, e Antony, que entrou no segundo tempo (como acontecera contra a Colômbia), e voltou a demonstrar indiscutível talento e fôlego impressionante para ajudar na marcação, sem perder a invejável capacidade ofensiva.

Se tiver coragem de efetivá-los, o "professor Adenor" poderá até acabar montando uma seleção insinuante, bem diferente do time insosso que se tem visto desde a Copa América de 2019. Assim, quem sabe, chegará ao Catar com um time capaz de surpreender os europeus. Se terá força suficiente para batê-los, já é outra história.