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Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

RMP: Flamengo mantém freguesia, mas contusões preocupam

12/09/2021 21h13Atualizada em 12/09/2021 21h16

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A perspectiva de enfrentar o Palmeiras, no Allianz Parque, sem Rodrigo Caio, Filipe Luís, Diego Ribas, Bruno Henrique e Gabigol (além de alguns reservas) era preocupante para os rubro-negros. Ao perder Arrascaeta, ainda no primeiro tempo, a situação se agravou. Mas nem assim o Flamengo deixou de manter a freguesia que vigora desde 2017 contra o Palmeiras. Já são nove partidas sem derrota dos cariocas, com algumas vitórias acachapantes, como as duas pelo Brasileiro de 2019, que acarretaram nas demissões de Luiz Felipe Scolari, no turno, e Mano Menezes, no returno.

No jogo válido pela primeira rodada do returno deste Brasileiro, o rubro-negro carioca (que já ganhara por 1 a 0, no turno), uma vez mais, venceu e convenceu. Marca típica desse impressionante time de Renato Gaúcho, que enquanto teve Arrascaeta em campo, foi superior e imprensou o Palmeiras em seu próprio campo. Levou um gol em contra-ataque, mas respondeu de imediato com uma linda jogada entre o uruguaio, Pedro e Éverton Ribeiro, que culminou com um cruzamento perfeito para a cabeçada certeira de Michael no canto de Weverton.

Aí, veio a contusão do maestro uruguaio e o jogo mudou de figura. O Palmeiras passou a ser o dono do meio-campo. Mas nem por isso chegou a ameaçar seriamente a meta de Diego Alves porque seus dois zagueiros de área, Gustavo Henrique e Bruno Viana, bem como o jovem lateral-esquerdo Ramon tinham ótimas atuações, bem protegidos por William Arão em grande tarde. Já Andreas Pereira alternava bons e maus momentos.

No segundo tempo, armado para jogar em contra-ataque, o Flamengo chegou ao segundo gol em outra cabeçada precisa, desta vez de Pedro, após escanteio e cruzamento certeiro de Vitinho. E, diante de um Palmeiras que trocou meio time e continuou sem encontrar brechas no eficiente sistema defensivo do adversário (que diferença abissal para os tempos de Rogério Ceni!!!), ainda chegou ao terceiro gol, novamente de Michael naquela que foi, sem dúvida, a sua melhor atuação com a camisa rubro-negra.

Já são agora 14 jogos sob o comando de Renato Gaúcho, com 12 vitórias (oito por goleada), um empate e uma derrota. Aproveitamento de 88%! Como criticá-lo ou à forma avassaladora com que vem colecionando triunfos? Com Portaluppi, o desempenho nem sempre é tão encantador como nos tempos de Jorge Jesus, mas, ao menos até agora, os resultados são ainda melhores. Se vai conquistar tudo o que o português conquistou só o futuro dirá. Mas pode ganhar até mais.

Preocupante, entretanto, é a assustadora série de contusões musculares que se abateu sobre o elenco rubro-negro. Será que os preparadores físicos e os fisiologistas do Ninho do Urubu não estão comendo mosca? Diego e Filipe Luís sentiram as respectivas panturrilhas, em semanas livres, apenas com treinamentos, o que me dá a sensação de que não souberam avaliar corretamente o desgaste de ambos, já veteranos, que vinham jogado seguidamente. Esse pode ser um calcanhar de Aquiles nas retas finais do Brasileiro, da Copa do Brasil e da Libertadores.

Já imaginaram o Flamengo ter que jogar as finais da Copa do Brasil ou a partida única da decisão da Libertadores sem Arrascaeta?